quinta-feira, 22 de julho de 2010
Santos Futebol Clube
O Santos Futebol Clube é um clube de futebol brasileiro, fundado em 1912, com sede em Santos. Eleito pela FIFA como o melhor clube das Américas do século XX,[5] é o único clube brasileiro a conquistar, num mesmo ano (1962), um título estadual, um nacional, um continental e um mundial.
O clube é conhecido no mundo inteiro por ter revelado o "Atleta do Século" (nomeado em 1999 pelo COI[6]), Pelé,[7] que começou sua carreira no Santos em 1956, com apenas 16 anos de idade. Na década de 1960, ele foi a principal estrela da maior equipe santista de todos os tempos, que obteve várias glórias ao redor do globo, entre elas os dois Mundiais que o clube venceu em 1962 e 1963.
Apesar de não ser reconhecido pela CBF, a FIFA considera o Santos como octacampeão brasileiro: 5 Taças Brasil (1960-1967), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968) e 2 Campeonatos Brasileiro (2002 e 2004). Sendo assim, o maior campeão brasileiro ao lado do Palmeiras, com 8 títulos.[8][9][10]
O Santos FC, em sua fase áurea, conquistou 9 títulos consecutivos entre 1961 e 1963.[11] De 1960 a 1969, período de 10 anos, conquistou nada menos que 23 títulos oficiais, um recorde entre times brasileiros. Estes são eles:
1960 Campeonato Paulista
1961 Campeonato Paulista e a Taça Brasil
1962 Campeonato Paulista, Taça Brasil, Taça Libertadores da América e a Taça Intercontinental;
1963 Torneio Rio-São Paulo, Taça Brasil, Taça Libertadores e a Taça Intercontinental;
1964 Campeonato Paulista, Torneio Rio-São Paulo e a Taça Brasil;
1965 Campeonato Paulista e a Taça Brasil;
1966 Torneio Rio-São Paulo
1967 Campeonato Paulista
1968 Campeonato Paulista, Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Recopa Sul-Americana e a Recopa dos Campeões Intercontinentais;
1969 Campeonato Paulista
Em 20 de janeiro de 1998, o Santos tornou-se a primeira equipe na história do futebol a alcançar a marca de 10 mil gols (gol do meio-campista Jorginho). Em 26 de agosto de 2005, atingiu a marca de 11 mil (gol do atacante Geílson).[12]
História
Foi no início do século XX que a Cidade de Santos começou a realmente ser de grande importância para o Brasil. O porto despontava como um dos maiores do mundo. Por ele, passava a maior parte do café, produto forte na época, exportado pelo país. A vida social do município crescia rápido movida ao dinheiro dos barões do café e de seus negócios milionários com o porto. Em 1912, Santos já era a principal cidade exportadora de café do mundo.[13] Os negócios iam bem e a cidade atraía cada vez mais o dinheiro dos fazendeiros do Interior.
Apesar de na época os esportes aquáticos tais como o remo serem os mais praticados pelos jovens, já havia equipes da cidade fortes o bastante para disputarem com destaque o Campeonato Paulista de Futebol (criado em 1902): o Sport Clube Americano, fundado em 1903 e o Clube Atlético Internacional, fundado em 1902. O Internacional foi extinto em 1910 e o Americano mudou sua sede para São Paulo, deixando alguns praticantes descontentes e que decidiram então criar o seu próprio clube na cidade.
Assim, em 1912 Mário Ferraz, Argemiro de Souza e Raymundo Marques fundaram o Santos Futebol Clube
Primeiros anos
Havia menos de 20 anos que o jovem Charles Miller, precursor do futebol no Brasil, havia aportado em Santos com as duas primeiras bolas de futebol utilizadas no País, quando três esportistas santistas resolveram fundar um clube de tal esporte.
A fundação do Santos Futebol Clube deu-se a 14 de abril de 1912, domingo, por iniciativa de Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior, três esportistas da cidade, que convocaram uma assembleia, por volta das 14 horas, na sede do Clube Concórdia (localizado na Rua do Rosário — atual Avenida João Pessoa), para a criação de um time de futebol. Durante a reunião, foi discutido o nome para a agremiação, dentre as sugestões estavam: Concórdia, Euterpe e Brasil Atlético. Mas os participantes da reunião, por unanimidade, aceitaram a proposta de Edmundo Jorge Araújo: a denominação Santos Foot-ball Clube. O primeiro presidente do clube, eleito na reunião, foi Sizino Patuska (que tinha participado da fundação do Internacional e sido fundador do Americano).
Na mesma reunião foram decididas as cores do clube. O uniforme oficial escolhido era constituído por uma camisa com listras verticais azuis e brancas, separadas por um fio dourado, em homenagem ao Clube Concórdia, local daquela reunião.
Algumas horas depois na noite do dia em que nascia o clube, o Titanic batia contra um iceberg onde afundaria nas águas geladas do Oceano Atlântico Norte duas horas e vinte minutos depois da colisão já na madrugada do dia 15. Um grande titã mundial substituía o outro. E não haveria data melhor para nascer o clube que dominaria o futebol mundial por muitos anos. Isso porque, em 14 de abril de 1895, portanto 17 anos antes, aconteceu a primeira partida de futebol no Brasil, organizada por Charles Miller.
O primeiro jogo-treino[1] foi realizado no dia 23 de junho, contra um combinado chamado Thereza Team. O Alvinegro, até então tricolor, venceu por 2 a 1, com gols marcados por Anacleto Ferramenta da Silva e Geraule Moreira Ribeiro. O primeiro jogo oficial[1] ocorreu apenas em 15 de setembro daquele ano. O Santos venceu na estréia o Santos Athletic Club por 3 a 2. O primeiro gol oficial da história do clube foi marcado por Arnaldo Silveira.
Ari Patuska, filho do primeiro presidente do clube, Sizino Patuska, foi o primeiro brasileiro a jogar em um clube estrangeiro.[14] Como era costume naquele tempo, Ari Patuska havia sido mandado por seu pai para estudar na Suíça. Lá, entrou para o Brühl St. Gallen e foi campeão suíço de futebol, chegando até a jogar na seleção helvética. Depois de quatro anos na Europa, retornou ao Santos. Foi o artilheiro do time em 1915, com 19 gols
O ataque dos 100 gols
De 1921 a 1926, o Santos fez campanhas fracas no Campeonato Paulista, mas foi o período necessário para o surgimento da primeira geração do que se tornaria uma tradição no Alvinegro: descoberta e criação de jovens talentos.
A equipe de jovens garotos que formaria o ataque dos 100 gols, consagrando o Santos no cenário nacional, começou a ser gerada em 1923 com a chegada do jovem Araken Patusca, então com 16 anos. Na mesma época entraram para a equipe outros atletas de baixa idade.
Quatro anos após a chegada desses jovens, e com a inclusão de alguns nomes como o do extraordinário artilheiro Feitiço, o Santos estreava no Campeonato Paulista aplicando uma goleada, o que se repetiria por diversas vezes na competição. A vítima foi a equipe do Ypiranga, o jogo ficou em 12 a 1, com 7 gols de Araken. Foi o recorde de gols em uma única partida, só sendo superado 37 anos depois por Pelé.
Durante toda a disputa estadual o clube venceu por placares elásticos, o que resultou em 100 gols pró, média de 6.25 gols por partida. Mas a excelente campanha não foi coroada. No último jogo, quando o Peixe precisava de apenas um empate, foi derrotado pelo Palestra Itália, por 3 a 2, em partida muito conturbada. O Santos seria ainda vice-campeão em 1928 e 1929, sempre fazendo muitos gols. Em 1931 foi novamente vice-campeão, mas Araken não estava mais no clube (retornaria em 1935).
O ataque que entrou para a História como a famosa "linha dos 100 gols" era formado por Siriri, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista. Essa escalação foi ouvida por décadas, repetidas como um verso popular pelos torcedores de futebol de várias partes do país.
O marco histórico do ataque dos 100 gols foi resultado de um trabalho de características que, mais tarde, valeriam um trecho do hino oficial do clube: "Técnica e Disciplina".
Os lendários substantivos surgiram após dois confrontos amistosos contra a equipe do Vasco da Gama, onde o Peixe venceu os dois jogos, e foi chamado por jornalistas de o "Campeão da Técnica e da Disciplina".
Campeão Paulista de 1935
Desde os primeiros anos de existência, o quadro de futebol do Santos obteve êxitos memoráveis, tanto em jogos locais como internacionais mas demoraria para conquistar o primeiro título importante, pois bastava superar a estrutura de seus rivais estaduais da Capital, que contavam com grande torcida, força política e financeira.
O inédito título de campeão estadual, o mais importante que disputava — já que as competições nacionais ainda eram incipientes —, aconteceu em 1935, após um declínio dois anos antes, em razão do início do profissionalismo no futebol brasileiro.
A final daquele campeonato aconteceu em 17 de novembro, no Parque São Jorge, casa do rival. O resultado foi 2 a 0 contra o Corinthians,que já não lutava pela taça. O Corinthians enfrentaria ainda o Palestra Itália na rodada seguinte, e caso ganhasse do Santos e perdesse para o Palestra, haveria uma final desempate entre Santos e Palestra Itália. Os gols foram marcados por Raul Cabral Guedes e Araken Patusca. Assim, o Santos FC conquistava seu primeiro título paulista.
Era Pelé
O prenúncio da grande fase do Santos FC começou em 1955, quando voltou a ser campeão paulista, com um time em que se destacavam, entre outros, Zito, Ramiro, Formiga e Vasconcelos.
Em 1956, chegaria à Vila Belmiro, trazido pelas mãos de Waldemar de Brito, o menino Pelé, de 15 anos, que deu de novo impulso à história do Santos, levando-o a conquistas que enalteceram o futebol brasileiro no planeta. O time do Santos vinha de grandes campanhas, sendo bicampeão paulista em 1955-1956, apresentando os craques Pepe e Zito, dentro outros. Com Pelé, o time se tornaria um dos maiores da História.
Pelé marcou seu primeiro gol com a camisa do Santos num amistoso com o Corinthians de Santo André, jogo em que o time da Vila Belmiro venceu por 7 a 1. Em 1958 ganhou seu primeiro Campeonato Paulista, estabelecendo como artilheiro o recorde de 58 gols que permanece até hoje. Neste Campeonato Paulista, o Santos marcou 143 gols.
O Santos com Pelé continuou nos anos seguintes a ganhar todas as principais competições que disputava. Em 1959, a conquista do primeiro Torneio Rio-São Paulo e o vice-campeonato da Taça Brasil. Em 1960, mais um paulista. De 1961 até 1965 a hegemonia do futebol brasileiro com cinco Taças Brasil. Em 1962 e 1963, o bicampeonato sul-americano da Copa Libertadores da América e o bicampeonato Mundial. Só não ganhou todos os Campeonatos Paulistas de 1958 até 1969 pois o Palmeiras, time conhecido na época por "Academia", conseguia interromper a sequência de tempos em tempos.
Em 1967 o Santos ganharia novamente o Campeonato Paulista e daria início ao seu segundo tri-campeonato da competição. Em 1968 o time com grandes revelações como Clodoaldo, Edu, Abel e Toninho Guerreiro voltaria a conquistar outra série de títulos nacionais e internacionais, como a Recopa Mundial de Clubes Campeões de 1968.[15]
No ano de 1969, as conquistas e a fama do Santos eram tão grandes que, em uma excursão pela África, a guerra no Congo Belga, atual República Democrática do Congo, entre forças de Kinshasa e de Brazzaville, foram suspensas para que as cidades pudessem assistir aos jogos do time. Logo após as partidas e as homenagens, o conflito recomeçou.[16] Este evento serviu claramente de inspiração para o "Amistoso da Paz", realizado entre as seleções de Brasil e Haiti, em 18 de agosto de 2004.[17] Mas a partir de 1970 a fase hegemônica e dos títulos seguidos acabaria.
Com dívidas devido a investimentos que não deram certo, como o do Parque Balneário, o clube ia vendo seus craques saindo. Compromissos com a CBD para a eleição de João Havelange para presidente da FIFA obrigaram o time a sucessivas excursões por todo o globo, desde a África até a Arábia, o que refletiu no fraco desempenho do time nos campeonatos internos. Em 1973, o Santos ganhou o último Campeonato Paulista com Pelé. Competição que teve uma final muito conturbada, acabando na disputa por pênaltis contra o time da Portuguesa. O erro histórico do árbitro Armando Marques, que encerrou as cobranças quando o Santos vencia por 2 a 0, mas ainda com possibilidade de empate por que restavam ainda duas cobranças da Portuguesa, atrapalhou a conquista certa (Pelé ainda não havia feito sua cobrança), fazendo com que o título daquele ano fosse dividido entre os dois clubes.
Pós-Pelé
Após a Era Pelé, o Santos continuou seu caminho de glórias. Em 1978, o técnico e ex-atleta do Santos Formiga formou um time campeão. Os "Meninos da Vila", apelido dado pela juventude dos atletas da equipe, conquistaram o Campeonato Paulista de 1978. Destacaram-se na época Juary, Nílton Batata, Pita, Aílton Lira, entre outros. Em 1983 o Santos montou uma equipe forte trazendo para a Vila jogadores consagrados como Serginho Chulapa e Zé Sérgio (do São Paulo) e Paulo Isidoro (do Atlético Mineiro) e conseguiu disputar a final do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1983 com o Flamengo de Zico, vencendo a primeira partida no Morumbi por 2x1. Mas na final do Maracanã, jogando com alguns desfalques, o Santos acabou apenas com o vice-campeonato.
Com o reforço do goleiro Rodolfo Rodriguez, a equipe confirmaria sua competitividade e se sagraria campeã do Campeonato Paulista de 1984. Após esse título, o Santos só voltaria a uma final de campeonato nacional de futebol em 1995, enfrentando o Botafogo. O Santos vinha animado após uma vitória histórica para o clube na partida semifinal contra o Fluminense, por 5x2, com grande atuação do ídolo santista da época Giovanni. Mas na final contra o Botafogo, o Santos empatou e acabou novamente com o vice-campeonato, num jogo em que a arbitragem foi grandemente contestada (os santistas reclamam do árbitro Márcio Rezende de Freitas a anulação do gol do ponta santista Camanducaia e também a validação do gol em impedimento do botafoguense Túlio Maravilha).
O Santos voltaria aos títulos vencendo o Torneio Rio-São Paulo de 1997 e a Copa Conmebol (precursora da atual Copa Sul-Americana) [18][19][20] de 1998, derrotando o Rosario Central da Argentina na final. Foi vitoria 1-0 na Vila Belmiro, com gol marcado pelo Claudiomiro, e empate 0-0 no Estádio do Rosario Central.
Em 2002, ano em que o clube completou 90 anos, o Santos conquistou, pela primeira vez, o principal torneio nacional, o Campeonato Brasileiro. O time que conseguiu a conquista foi, basicamente, formado na Vila Belmiro, montado pelo treinador Emerson Leão. Os novos "Meninos da Vila" viraram febre no Brasil inteiro e a dupla Diego e Robinho se tornou símbolo de um futebol vistoso e alegre, junto de Renato, Elano, Alex e Léo. No ano seguinte, com a base mantida, o Peixe chegou aos vice-campeonatos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro.
Em 2004, o time mostrou toda a sua força entre os oito melhores times do continente, perdendo nas quartas-de-finais da Libertadores para o campeão Once Caldas, da Colômbia. No Campeonato Paulista, foi até as semifinais. Porém, o ano foi fechado com chave de ouro com a conquista do segundo título brasileiro.[21] Com uma equipe liderada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, a base de 2002 e reforços como Ricardinho e Deivid, o time encerrou o torneio de pontos corridos disputando até a última rodada o título com o Atlético-PR e conquistou mais uma vez o Campeonato Brasileiro.
A maior conquista do Santos, excluindo-se os títulos, foi o reconhecimento internacional obtido com a honraria de ser considerado o "Clube do Século XX nas Américas", em eleição da FIFA que premiou, no fim dos anos 1990, os melhores clubes de futebol da História (além do Santos, o Real Madrid foi considerado o "Clube do Século XX") e os melhores jogadores, com Pelé recebendo, enfim, a "oficialização" do título que por tanto tempo o acompanhou
Campanhas recentes
Após 3 anos consecutivos de vitórias, com conquista de dois Campeonatos Brasileiros e chegada a final da Copa Libertadores da América de 2003, o Santos FC começou o ano de 2005 tentando manter o ritmo.
O maior jogador após a Era Pelé, Robinho, permaneceu no clube durante o primeiro semestre. Mas após a sua saída para o Real Madrid, o Santos ficou prejudicado em seu desempenho. Para completar Deivid e Léo também saíram, o que deixou a equipe completamente desfigurada e enfraquecida.
Para restaurar a equipe, o Peixe contratou o craque e ídolo Giovanni, mas que viria apresentar desempenho instável; e dois atacantes repatriados: Luizão, que se mostrou fora de forma; e Cláudio Pitbull, que marcou apenas dois gols.
O ano também foi tumultuado com relação aos técnicos, começando com Oswaldo de Oliveira para a substituição de Vanderlei Luxemburgo, devido a saída do treinador para o Real Madrid. Passaram ainda como treinadores Gallo e Nelsinho Baptista, terminando com Serginho Chulapa, que levou o Santos interinamente. Após fraca atuação na Espanha, Luxemburgo retorna em 2006 como treinador da equipe santista, sinalizando grandes investimentos para o ano da Copa do Mundo.
Em 2006, a equipe foi inteiramente renovada. Várias contratações foram feitas com os campeonatos em andamento, o que prejudicou o conjunto da equipe. Mesmo com esse fator desfavorável, Luxemburgo conseguiu manter a equipe em alto nível de competição durante o Campeonato Paulista e, se aproveitando de que seus principais adversários estavam com as atenções divididas devido a participação na Taça Libertadores da América, o Santos conquistou o Campeonato Paulista de 2006. Foi o fim de um período de 21 anos sem levar a taça da FPF. O time entraria ainda para a história dos recordes como a única equipe que venceu todas as partidas jogadas em seu estádio (10 partidas no total); e que marcou gols em todas as partidas do campeonato (19 partidas no total, marcando 33 gols). O time histórico que consagrou esse título com vitória de 2 a 0 contra a Portuguesa de Desportos, sob a modalidade de pontos corridos, foi composto por Fábio Costa; Luiz Alberto, Julio Manzur e Ronaldo Guiaro; Kléber, Fabinho, Maldonado, Cléber Santana e Rodrigo Tabata; Reinaldo e Geílson. Já pelo Campeonato Brasileiro, conquista direito à disputa da Taça Libertadores da América de 2007 com o 4ª lugar na competição nacional.
Em 2007, com uma campanha impecável na primeira fase do Campeonato Paulista de 2007, o Santos conquista o direito de jogar com vantagem nas fases semifinais e finais do campeonato. Aproveitando-se desta vantagem, o Santos elimina o Bragantino nas semifinais ( 0 X 0 no primeiro e segundo jogos) e o São Caetano na finais (derrota por 2 X 0 no primeiro jogo e vitória por 2 X 0 no segundo jogo), conquistando o bicampeonato paulista (2006 e 2007). O time que conquistou o bi, foi a campo com: Fábio Costa, Maldonado, Adailton, Ávalos e Kléber; Rodrigo Souto, Pedrinho, Cléber Santana e Zé Roberto; Marcos Aurélio e Jonas. Entraram ainda Carlinhos, Rodrigo Tabata e Moraes, que fez o gol do título. Já no Campeonato Brasileiro da Série A de 2007, o Santos ficou com o vice-campeonato e conquistando um das vagas para a Copa Libertadores da América de 2008.
Em 2008, com muitas mudanças de técnicos e jogadores, o Santos FC fez campanhas irregulares no Campeonato Paulista, na Copa Libertadores e no Campeonato Brasileiro. No torneio estadual, um começo ameaçador, no qual a equipe rondou a zona de rebaixamento. A melhora nas atuações trouxe consigo um sequência de vitórias que quase classificou a equipe para as finais. Na Copa Libertadores da América, o Santos Futebol Clube obteve uma difícil classificação para as finais, conquistada somente na última rodada, na vitória sobre o Cúcuta Deportivo, da Colômbia. Nas oitavas-de-final, duas vitórias por 2x0 sobre o mesmo Cúcuta Deportivo classificaram o Santos Futebol Clube para as quartas-de-final, nas quais foi eliminado pelo América. Derrota por 2x0 no México e vitória por 1x0 no Brasil. O Campeonato Brasileiro de 2008 foi aquele no qual o Santos Futebol Clube realizou sua pior campanha, lutando durante quase toda a competição contra a despromoção. Ao final do torneio, uma difícil 15ª posição, apenas um ponto acima da zona de rebaixamento. Como destaque positivo, os 21 gols do atacante Kléber Pereira, um dos artilheiros do campeonato.
Em 2009, depois de um início com problemas o Santos troca o técnico Márcio Fernandes por Vágner Mancini e consegue ótima reação no Campeonato Paulista. Com grandes vitórias sobre a Portuguesa de Desportos (1 X 0) e a Ponte Preta (3 X 2, em Campinas), o Santos se classifica para o Quadrangular Final. Derrota o Palmeiras, que foi o melhor time da primeira fase, por duas vezes (duas vitórias por 2 X 1) chegando à final com o Corinthians. Fica com o vice-campeonato depois de uma derrota na Vila Belmiro (3 X 1) e de um empate no Pacaembu (1 X 1). No Campeonato Brasileiro, após um bom início - no qual alcançou a vice-liderança - a equipe decaiu.
Turbulências internas e más exibições ocasionaram a demissão do treinador Vágner Mancini, logo após a derrota por 6x2 para o Vitória, em Salvador. Para o seu lugar foi contratado Vanderlei Luxemburgo, que pela quarta vez assumiu o Santos Futebol Clube, tendo como objetivo a classificação para a Copa Libertadores da América de 2010. A ausência de bons nomes no elenco de jogadores tornaram a campanha da equipe santista muito irregular, numa constante alternância de vitórias, empates e derrotas. Ao final do campeonato, uma decepcionante 12ª posição, contabilizando 12 vitórias, 13 empates e 13 derrotas. Como saldo positivo, as boas atuações do jovem goleiro Felipe, que substituiu o titular Fábio Costa, dos meias Paulo Henrique e Madson, e do atacante Neymar, de apenas 17 anos. Em dezembro de 2009, as tumultuadas eleições para a presidência do clube tiraram do cargo Marcelo Pirilo Teixeira, que se manteve por 10 anos nessa posição. Para o seu lugar foi eleito o sociólogo e empresário do setor imobiliário Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, da oposição.
Em 2010, o novo presidente trabalhou com um novo planejamento para o clube. Trouxe o crescente técnico Dorival Júnior e realizou um grande esforço para conseguir por empréstimo o retorno do "Rei das Pedaladas" Robinho. No primeiro semestre do ano o time jogou um ótimo futebol e, como resultado, conquistou o Campeonato Paulista de Futebol de 2010. Patrocínios surgiram, assim como comparações ao lendário time de Pelé.
Santos nas Copas
O Santos sempre foi ao longo dos tempos uma equipe que cedeu vários atletas para a Seleção Brasileira. Só de campeões mundiais, o Peixe cedeu 11 atletas. Na história das Copas, o Alvinegro teve 15 de seus jogadores convocados para defender a Seleção, sendo o atacante Araken Patusca o primeiro santista a disputar um Mundial, em 1930, no Uruguai.
Na época havia uma briga entre a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), pois nenhum paulista estava na comissão técnica. Por este motivo, a Apea alegou não haver tempo hábil para que chefes de família deixassem tudo organizado e partissem para ficar tanto tempo afastados de casa. Isto fez com que o Brasil embarcasse apenas com jogadores que atuavam no Rio de Janeiro, com exceção de Araken Patusca, único paulista, que estava brigado com o a direção do time santista.
Mas as participações dos jogadores do Santos sempre se notabilizaram pelo número de atletas que foram campeões do Mundo. Em 1958, na Suécia, o Alvinegro cedeu o ponta-esquerda Pepe, além do volante Zito e do Rei do Futebol, Pelé. Estes dois atletas foram importantíssimos na arrancada brasileira rumo ao primeiro título de campeão mundial. Pois Pelé e Zito só estrearam na vitória brasileira sobre a União Soviética, por 2 a 0, na última partida da primeira fase.
A consagração de Pelé começaria ali mesmo em gramados suecos, com o Atleta do Século sendo o artilheiro do Brasil, com seis gols, sendo que dois deles foram marcados na final contra os donos da casa.
Em 1962, no Chile, o time da Vila Belmiro cedeu sete jogadores para que a seleção disputasse essa Copa do Mundo. Gilmar (goleiro), Mauro (zagueiro), Zito (volante), Mengálvio (meia), Coutinho (atacante), Pelé (atacante) e Pepe (atacante), foram os santistas que brilharam na conquista do bicampeonato. Pelé jogou apenas duas partidas, marcando um gol sobre o México, por 2 a 0, na estréia brasileira. Mas o Rei não pode continuar ajudando a Seleção, pois uma lesão muscular o impediu de atuar no restante da Copa.
Porém a Seleção continuou vencendo sem Pelé. Na final, Zito teve uma participação decisiva na vitória sobre a Tchecoslováquia por 3 a 1, já que o capitão santista fez o segundo gol brasileiro na final. O Peixe também teve uma grande participação com o zagueiro Mauro, que além de ter feito uma bela participação no Mundial disputado em terras chilenas, foi o capitão do time e teve a honra de erguer a Taça Jules Rimet, com o Brasil sendo coroado bicampeão do Mundo.
Após a Copa de 1966 na Inglaterra, em que o Brasil foi muito mal, a seleção recorreu mais uma vez a força dos jogadores do Santos para trazer o troféu de campeão, no mundial seguinte. Em 1970, Carlos Alberto Torres (lateral-direito), Joel Camargo (zagueiro), Clodoaldo (volante), Pelé (atacante) e Edu (atacante), ajudaram o Brasil a ganhar a terceira estrela.
Considerada por muitos como a melhor seleção que o Mundo viu jogar, o time liderado por Carlos Alberto Torres, que era o capitão desta seleção e Pelé, no auge de sua maturidade futebolística foram os responsáveis por comandar a equipe que encantou o Mundo e trouxe a Taça Jules Rimet de forma definitiva para o Brasil, com a conquista inédita na época de tri-campeão mundial.
O últimos jogadores santistas que foram para uma Copa do Mundo com a Seleção Brasileira foram o zagueiro Marinho Peres e o atacante Edu, ambos defenderam o Brasil na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha.
Mesmo nas Copas de 1994 (Estados Unidos) e 2002 (Coreia do Sul e Japão), o Santos se fez presente na Seleção Brasileira que conquistou os dois títulos. Em 1994, o zagueiro Ricardo Rocha e o volante Dunga, já tinham atuado com o manto alvinegro. O Dunga atuou no Peixe em 1986, enquanto que Ricardo Rocha por pouco não foi convocado pelo time da Vila Belmiro, onde atuou até o fim de 1993, quando terminou o contrato dele com o clube e o zagueiro resolveu ir para o Vasco da Gama.
Em 2002, os santistas cederam para o time pentacampeão mundial o preparador de goleiros, Carlos Pracidelli, e o fisioterapeuta, Luis Rosan, que foi muito importante para a recuperação do atacante Ronaldo, artilheiro desta Copa do Mundo.
Na Copa do Mundo de 2006, o jogador Robinho, recém-saído do Santos Futebol Clube, foi convocado. Também em 2006, esteve presente na Copa do Mundo de 2006 o zagueiro paraguaio Julio Manzur, convocado pela seleção de seu país e titular da conquista do Campeonato Paulista daquele ano.
Outras seleções
O primeiro jogador estrangeiro do Santos a participar de uma Copa do Mundo foi o goleiro Rodolfo Rodriguez. O arqueiro foi convocado para defender a Seleção Uruguaia, que disputou o Mundial de 1986, no México. O arqueiro santista ficou durante toda a participação uruguaia no banco de reservas, sem ter a chance de jogar uma partida, pois se contundiu em um dos treinamentos durante a Copa. Os uruguaios foram eliminados pela Argentina, nas oitavas-de-final, pelo placar de 1 a 0.
Em 2006, o Peixe foi representado pelo zagueiro Júlio Manzur, da Seleção Paraguaia. O jogador santista disputou a sua primeira Copa do Mundo, já tendo ajudado a seleção de seu país a conquistar a medalha de prata, nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, na Grécia. O zagueiro também foi muito importante na campanha que levou o Alvinegro Praiano ao título de Campeão Paulista de 2006, defendendo as cores do Santos.
Títulos
Mundiais
Taça Intercontinental: 2
(1962 e 1963)
Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1
(1968)
[editar]Continentais
Copa Libertadores da América: 2
(1962 e 1963)
Copa Conmebol: 1
(1998)
[editar]Nacionais
Taça Brasil: 5
(1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1
(1968)
Campeonato Brasileiro: 2
(2002 e 2004)
[editar]Regionais
Torneio Rio-São Paulo: 5
(1959, 1963, 1964¹, 1966² e 1997)
[editar]Estaduais
Campeonato Paulista: 18
(1935, 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973³, 1978, 1984, 2006, 2007 e 2010)
(1): dividido com o Botafogo;
(2): dividido com o Botafogo, o Corinthians e o Vasco da Gama;
(3): dividido com a Portuguesa.
Estatísticas
Ver artigo principal: Títulos e Estatísticas do Santos Futebol Clube
Campeonato Paulista[22]
Ano 1912 1913 1914 1915 1916 1917 1918 1919
Pos. — 6º — — 5º 4º 4º 6º
Ano 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929
Pos. 10º 10º 11º 9º 4º 4º 4º 2º 2º 2º
Ano 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939
Pos. 4º 3º 5º 5º 5º 1º 4º 5º 6º 6º
Ano 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949
Pos. 7º 4º 7º 6º 6º 6º 4º 6º 2º 4º
Ano 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959
Pos. 2º 5º 5º 7º 4º 1º 1º 2º 1º 2º
Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969
Pos. 1º 1º 1º 3º 1º 1º 3º 1º 1º 1º
Ano 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
Pos. 4º 4º 3º 1º 3º 5º 13º 6º 1º 7º
Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Pos. 2º 4º 9º 3º 1º 6º 4º 3º 7º 6º
Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Pos. 5º 7º 7º 6º 4º 6º 5º 3º 6º 3º
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pos. 2º 3º — 8º 3º 3º 1º 1º 7º 2º
Ano 2010
Pos. 1º
Campeonato Brasileiro
Ano 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
Pos. 9º 8º 6º 3º 26º 20º 21º 23º —
Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989
Pos. 7º 9º 7º 2º 9º 21º 19º 15º 18º 12º
Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Pos. 7º 8º 7º 5º 9º 2º 20º 7º 3º 11º
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pos. 18º 15º 1º 2º 1º 10º 4º 2º 15º 12º
Ano 2010
Pos.
Em Negrito, os anos em que o Santos foi Campeão Brasileiro.
Em Verde, os anos em que o Santos se classificou à Taça Libertadores da América, sem a necessidade de ser campeão.
Taça Libertadores da América
Ano 1962 1963 1964 1965 1984 2003 2004 2005 2007 2008
Pos. 1º 1º 4º 4º 19º 2º 5º 8º 3º 5º
Copa Sul-americana
Ano 2006 2010
Pos. 10º ?
Taça Brasil
Ano 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968
Pos. 2º — 1º 1º 1º 1º 1º 2º — —
Copa do Brasil[23]
Ano 1989
Pos. —
Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Pos. — — — — — — 25º 5º 3º 17º
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pos. 3º 21º 26º — — — 5º — — 18º
Ano 2010
Pos. ? — — — — — - - - -
Torneio Rio-São Paulo
Ano 1933 1940 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1957 1958
Pos. 9º - - 3º 9º 6º 5º 4º 7º 1º
Ano 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1993 1997
Pos. 8º — 5º — 1º 1º 4º 1º 2º 1º
Ano 1998 1999 2000 2001 2002
Pos. 3º 2º 7º 3º 9º
Torneio Roberto Gomes Pedrosa
Ano 1967 1968 1969 1970
Pos. 5º 1º 8º 10º
Copa Intercontinental
Ano 1962 1963
Pos. 1º 1º
[editar]Equipes campeãs
Mundial Interclubes
1962: Gilmar; Lima, Mauro e Calvet (Olavo); Zito, Dalmo e Dorval; Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1963: Gilmar; Lima, Haroldo e Calvet (Mauro); Geraldinho (Ismael), Zito e Dorval; Mengálvio, Coutinho, Pelé (Almir) e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
Recopa Mundial
1968: Claúdio (Laércio); Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Negreiros; Toninho Guerreiro, Edu, Pelé e Abel. Técnico : Antonio Fernandes (Antoninho).
Taça Libertadores da América
1962: Gilmar; Lima, Mauro, Dalmo e Calvet; Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé (Pagão) e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula)
1963: Gilmar; Lima, Mauro, Dalmo e Calvet; Zito, Dorval e Geraldino; Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
Recopa Sul-Americana
1968: Claúdio; Carlos Alberto, Ramos Delgado e Rildo; Clodoaldo (Mengálvio), Joel e Manoel Maria; Negreiros (Marçal), Toninho Guerreiro, Edu, Douglas. Técnico : Antonio Fernandes (Antoninho).
Copa Conmebol
1998: Zetti; Anderson, Argel (Sandro), Claudiomiro e Athirson; Bazílio, Narciso, Eduardo Marques (Fernandes) e Lúcio; Adiel (Alessandro) e Viola. Técnico: Emerson Leão.
Taça Brasil
1961: Laércio (Silas); Lima, Mauro (Olavo) e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Tite, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1962: Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho (Tite), Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1963
Final: 2 a 0 contra EC Bahia. Time: Gilmar; Ismael, Mauro e Geraldino; Haroldo (Joel) e Lima; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula)
1964: Gilmar; Ismael, Modesto e Geraldino; Zito e Haroldo; Toninho Guerreiro (Lima), Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1965: Gilmar; Carlos Alberto, Mauro, Geraldino e Lima; Orlando, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
Torneio Roberto Gomes Pedrosa
1968: Cláudio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima; Edu, Toninho Guerreiro (Douglas), Pelé e Abel (Adílson). Técnico : Antonio Fernandes (Antoninho).
Campeonato Brasileiro
2002: Fábio Costa (Júlio Sérgio); Maurinho (Michel), Alex, André Luiz e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano, Diego (Robert); Robinho e Alberto (Willian). Técnico: Emerson Leão.
2004: Mauro; Paulo César, Ávalos, Leonardo e Léo; Fabinho, Preto Casagrande, Ricardinho e Elano; Robinho (Basílio) e Deivid. Técnico: Wanderlei Luxemburgo.
Campeonato Paulista
1935: Cyro; Neves e Agostinho; Ferreira, Marteletti e Jango; Saci, Pereira, Raul, Araken e Junqueirinha. Técnico: Caêtano di Domênica
1955: Manga; Hélvio e Feijó; Ramiro, Formiga e Urubatão; Tite, Negri, Álvaro, Del Vecchio e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1956: Manga; Wilson e Feijó; Ramiro, Formiga e Zito; Tite, Pagão, Jair da Rosa Pinto, Del Vecchio e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula)
1958: Manga; Getúlio, Ramiro e Feijó; Urubatão e Zito; Dorval, Pagão, Jair da Rosa Pinto, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula)
- Obs. Primeiro título de Pelé
1960: Laércio; Dalmo, Mauro e Zé Carlos; Calvet e Zito; Sormani (Dorval), Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1961: Laércio; Dalmo, Mauro e Lima; Calvet e Zito; Dorval, Tite, Coutinho (Pagão), Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1962: Laércio; Dalmo, Mauro e Zé Carlos; Calvet e Zito; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Luis Alonso Peres (Lula).
1964: Gilmar; Ismael, Modesto, Haroldo e Lima; Zito e Mengálvio; Toninho Guerreiro, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1965: Gilmar; Carlos Alberto, Mauro, Orlando e Geraldino; Lima e Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico : Luis Alonso Peres (Lula).
1967: Claúdio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel e Rildo; Clodoaldo e Buglê, Wilson, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu. Técnico : Antonio Fernandes (Antoninho).
1968: Claúdio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel e Rildo; Clodoaldo e Lima, Douglas, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu. Técnico : Antonio Fernandes (Antoninho).
1969: Claúdio; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Negreiros, Abel, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu. Técnico : Antonio Fernandes (Antoninho).
1973: Cejas; Zé Carlos, Carlos Alberto, Vicente e Turcão; Clodoaldo e Léo, Jair da Costa (Brecha), Eusébio, Pelé e Edu. Técnico: Pepe
– Obs. A decisão por pênaltis foi interrompida por engano pelo juiz Armando Marques, quando o Santos vencia por 2 a 0, e a Portuguesa ainda tinha duas cobranças a fazer. Pelo Santos, Zé Carlos perdeu, e Carlos Alberto e Edu marcaram; pela Portuguesa, Isidoro, Calegaria e Wilsinho perderam. No dia seguinte, a Federação Paulista proclamou campeãs as duas equipes.
1978: Flávio; Nelsinho, Antônio Carlos, Neto (Fernando) e Gilberto; Zé Carlos, Toninho Vieira e Pita (Rubens Feijão); Nílton Batata, Juary e Claudinho. Técnico: Formiga.
1984: Rodolfo Rodriguez; Chiquinho, Márcio Rossini, Toninho Carlos e Toninho Oliveira (Gilberto); Dema, Paulo Isidoro e Humberto; Lino, Serginho e Zé Sérgio. Técnico : Castilho
2006: Fábio Costa; Julio Manzur (Ávalos), Luiz Alberto e Ronaldo Guiaro; Fabinho, Maldonado (Heleno), Cléber Santana (Wendel), Léo Lima (Rodrigo Tabata) e Kléber; Geílson (Magnum) e Reinaldo. Técnico : Wanderlei Luxemburgo.
2007: Fábio Costa; Maldonado, Adaílton, Ávalos e Kléber; Rodrigo Souto, Cléber Santana, Pedrinho (Rodrigo Tabata) e Zé Roberto; Rodrigo Tiuí (Jonas, Moraes) e Marcos Aurélio. Técnico: Wanderlei Luxemburgo.
2010: Felipe; Pará,Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley e PH Ganso; Neymar, Robinho e André (Marquinhos), Técnico: Dorival Júnior.
Sedes
Estádio
Nome: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro - Santos - SP)
Capacidade: 20.120 pessoas
Dimensões: 105,80 m X 70,30 m
Recorde de público: 32.989 espectadores no jogo Santos FC 0 X 0 Corinthians (jogo não terminado), em 20 de Setembro de 1964
Centro de treinamentos
Nome: CT Rei Pelé
Localização: Jabaquara – Santos (SP)
Nome: CT Meninos da Vila
Localização: Saboó - Santos (SP)
Funcionários
Comissão técnica
Nome Função
Dorival Júnior Técnico
Ivan Izzo Auxiliar Técnico
Edinho Auxiliar técnico
Marcelo Martelotti Segundo Auxiliar
Ricardo Rosa Chefe dos Preparadores Físicos
Celso Rezende Preparador Fisíco
Marco Antônio Alejandro Gomes Preparador Físico
Luiz Fernando Leite de Barros Fisiologista
Antônio Barbirotto Junior Preparador de Goleiros
Carlos Eike Baptista Supervisor Técnico
Denis Iwamura Estatístico
Sandra Merouço Nutricionista
Dr. Rodrigo Zogaib Médico
Avelino Fisioterapeuta
Thiago Lobo Fisioterapeuta
Ary Jarrão Massagista
Jorginho Massagista
Gustavo Calixto Massagista
Sylvio Souza Cruz Enfermeiro
Orlando Lima Roupeiros
Zuca Roupeiros
França Roupeiros
Luizinho Secretário
Domingos Segurança
Diretoria
Nome Função
Luis Álvaro Ribeiro Presidente
Odílio Rodrigues Vice-Presidente
Álvaro de Souza
José Berenguer
Walter Schalka
Eduardo Vassimon
José Paulo Fernandes ASSESSOR Especial
Pedro Luiz Nunes Conceição Diretor de Futebol
Caio Marco de Stefano Diretor de Patrimônio
Luiz Fernando Vella Gerente de Patrimônio
Jorge Motorista Coordenador de Futebol
Fábio Maradei CoOrdenador de Futebol
Paulo Jamelli Gerente de Futebol
Luiz Fernando Moraes Gerente de Futebol Amador
João Maria Menano Diretor de Esportes
Murilo Amado Barleta Diretor de Esportes Femininos
Paulo Schiff Diretor de Marketing
Armênio Neto Gerente de Marketing
Luciano Francisco Tavares Moita Diretor Jurídico
João Vicente Feijó Gazolla Advogado
José Luiz Camargo Barbosa Diretor de Saúde
Emerson José Mainardes Diretor de Saúde
André Monteiro de Fazio Presidente (Conselho Deliberativo)
Orlando Galante Rollo Vice-Presidente (Conselho Deliberativo)
José Miguel Cecchinato de Souza 1o. Secretario (Conselho Deliberativo)
História de bolas de futebol
Como diz a lenda, o futebol começou em uma configuração bastante desagradável durante a Idade Média. Na Europa e, mais especificamente, na Inglaterra, as primeiras formas de "soccer" máfia foram jogados, após as execuções públicas, quando a cabeça da pobre vítima foi jogado no meio da multidão ea multidão começou a chutá-la agressivamente. Com o lote das execuções ser realizada durante esse período na Inglaterra, é fácil entender porque os britânicos tomaram o esporte como seus próprios. Ainda assim, deixando de lado legenda, vamos passar para a história baseada em fato de bolas de futebol.
Desde a história do jogo de futebol pode ser rastreada até os tempos antigos, é bastante claro que as bolas de futebol usadas naquela época eram improvisações feitas de materiais utilizados diariamente. Os astecas usavam pequenos, bolas de borracha saltitantes em seu jogo de futebol, basquete hoop do chute, enquanto os guerreiros chineses sempre desfrutar de um jogo sem regras de futebol usando bolas de couro costurado recheadas com materiais leves.
No entanto, bolas de futebol de couro eram um luxo naqueles dias (que poupar um belo pedaço de couro para algum jogo bobo, quando poderia ter sido usado para a roupa, fazer sacos de ou usá-lo em armaduras?).
O tipo mais comum de bola de futebol em tempos antigos, pelo menos da Europa e da Ásia, foi feita de bexiga de animais. Uma vez que os suínos foram os mais comum fonte de alimento para o sustento de inverno, suas bexigas eram muitas vezes extraídos, limpos, inflado e chutados.
Apesar de o futebol bolas de bexiga de porco foram bastante resistentes, eles foram extremamente leves e não poderia ter sido usado por mais de um simples jogo de "segurar a bola no ar", assim chamando-os de "bolas de futebol" é um exagero na melhor das hipóteses.
Boa coisa que determinado esporte não evoluir ou ainda estaríamos jogando futebol com balões. Quando alguém, em algum lugar teve a idéia de usar recheado de couro, a fim de criar um objeto de chutar, que poderia muito bem estado muito que isso significava o início de uma nova era na história das bolas de futebol e do jogo de futebol.
bolas de couro eram mais difíceis, mais controlável e mais duráveis, embora não tão elástica como as bolas de borracha utilizados nas Américas. No entanto, um dos maiores problemas do que bolas de futebol do período, sejam eles feitos de couro, borracha e de bexiga, foi que eles foram muito irregulares em forma e tamanho, tornando menos controlável.
Em 1836, Charles Goodyear nos fez um favor a todos e borracha vulcanizada, patenteado e, embora sua invenção era para ser usado em áreas mais importantes na época, ele também ajudou a tomar a história de bolas de futebol um passo em frente, com a introdução do primeiro vulcanizada bolas de futebol da borracha (que foram projetadas pela Goodyear, declaradamente um fã do jogo) em 1855.
De 1855 até hoje, a história do jogo de futebol evoluiu muito e isso fez o seu objeto de trabalho ", que evoluiu mais de um século do que em toda a história de bolas de futebol antes desse período.
A moderna tecnologia e com o aumento exponencial de popularidade e poder financeiro do futebol todos trabalharam em conjunto para trazer state-of-the-art e super bolas de futebol, tendo a história de bolas de futebol um pouco mais longe.
Poderíamos dizer que a tendência era sempre renovada a cada quatro anos, com a introdução de uma nova bola de futebol Copa do Mundo. Foi quase uma tradição de ter um melhor futebol e bola nova a cada Copa do Mundo, cada um com suas características próprias.
Por exemplo, o World Cup bolas de futebol usadas em 2002 na Coréia e no Japão eram mais leves do que os utilizados como padrão antes e feito de um material que fosse mais controlável, favorecendo os jogadores tecnicamente qualificados e, portanto, aumentando o valor do entretenimento.
Em 2006, no Mundial da Alemanha, uma bola de futebol de novo foi introduzido, o que provocou a ira de muitos goleiros, incluindo o veterano Oliver Kahn.
A bola de futebol, como Kahn e muitos outros goleiros que o aviso prévio, é construído em favor do atacante ", significando que ele tem várias características que fazem disparos ficar no chão e, assim, ter mais chances de acertar o gol.
Do outro lado da barricada, muitos grevistas afirmaram que a bola de futebol do Mundo de 2006 Copa foi extremamente confortável para atirar e que não têm o costume involuntário ar desviar as bolas mais que outros tiveram.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Biografia
Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado Dondinho, em 1945, mudou-se com a família para Bauru (São Paulo). O nome "Edison" foi escolhido pelo pai para fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison.[5]
Ainda criança manifestou a vontade de ser futebolista. Ironicamente a alcunha "Pelé" que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador de todos os tempos teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava: "Defende Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de "Bilé". Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade em pronunciar "Bilé" e com o tempo o apelido virou "Pelé".
Com onze anos já jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Sorocabana para vender em entrada de cinema e praças.
Posteriormente, viria a jogar no Baquinho, o time de maior referência da juventude do Pelé. O time principal era o Bauru Atlético Clube (BAC), da categoria principal da cidade e de onde derivou o nome do time juvenil. O convite para jogar no Baquinho partiu do Antoninho, que oferecia até emprego para os jogadores. Foi o Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Valdemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe. Foi ele quem levou o Pelé para a equipe do Santos. Deu no que todo mundo sabe. Certamente, o brasileiro de maior projeção no exterior. Uma das pessoas mais conhecidas e reconhecidas no planeta.
Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita a África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time do Santos FC transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.
Este fato fez lembrar o sonho do Barão Pierre de Coubertin ao fazer renascer os Jogos Olímpicos no século XX. Pois era costume na Grécia Antiga a decretação de um armistício quando da realização dos jogos olímpicos da época.
Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois. Nos anos 1960 foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no seu clube de coração, o Santos.[6]
Professor de Educação Física, formado em 1974, pela Faculdade de Educação Física de Santos (Universidade Metropolitana de Santos)
Na década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa, sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV e brasileira atuando como apresentadora infantil, e não por Pelé.
Foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998. Nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores.
Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona.
Em 3 de março de 2004, revelou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos. Lista esta que gerou polêmica, e críticas de vários segmentos da mídia, de jogadores, e intelectuais do futebol mundial.
Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
Camisa 10
Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua estréia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas.[7]
Seleção Brasileira
Estreia: convocado pela primeira vez pelo técnico Sílvio Pirilo depois de brilhantes partidas no Maracanã, na qual atuou em um combinado do Santos e Vasco da Gama (fonte: página oficial do Vasco na internet, acessada em 25 de março de 2008). Derrota de 1 a 2 para a Argentina em 1957, pela Copa Rocca. Gol dele.
Copa de 1958: convocado com 17 anos, se machucou na véspera da competição, mas Paulo Machado de Carvalho resolveu levá-lo assim mesmo. Estreou no terceiro e decisivo jogo do Brasil, juntamente com Zito e Garrincha. Ele não marcou, mas o Brasil venceu por 2x0 a URSS. Nessa copa Pelé foi chamado pelos franceses de "Rei do Futebol", dando início a uma verdadeira lenda internacional, tornando-se uma das personalidades mais conhecidas do mundo durante o século XX.
Copa de 1962: Pelé se machucou na virilha, no segundo jogo do Brasil. No primeiro ele havia feito um gol. Não jogou mais aquela competição.
Copa de 1966: Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última partida com Garrincha, na vitória de 2x0 sobre a Bulgária. Juntos, os dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.
Copa de 1970: Ameaçado de ficar no banco de reservas, quando Zagallo assumiu a seleção, Pelé jogou tudo que sabia e comandou o Brasil na sua mais impressionante campanha em Copas, ganhando definitivamente a Taça Jules Rimet.
Despedida: Maracanã, dia 18 de julho de 1971, com público de 138.575 pagantes. Brasil 2 a 2 Iugoslávia.
Clubes
Santos Futebol Clube
1956 a 1974
Estréia: Santos 7 - 1 Corinthians de Santo André, em 7 de Julho de 1956. (primeiro gol de Pelé, sexto do Santos na partida).[8]
Última partida: Santos 2 - 0 Ponte Preta, 2 de Outubro de 1974.
New York Cosmos
1975 a 1977
Última partida: New York Cosmos 2 - 1 Santos, no Giants Stadium (Nova Iorque), em 1 de Outubro de 1977. Pelé atuou um tempo por cada equipe e marcou o primeiro gol da equipe estadunidense cobrando falta.
As despedidas
Além da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974 (vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta) e do New York Cosmos (1977, jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino que venceu o Santos por 2 - 1). Na festa estadunidense, com direito a participação de Mohamed Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares de pessoas: "Love! Love!".
Seria a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em 1973 (fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil); e da de Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.
Polêmicas
Pelé sempre foi muito criticado por diversas de suas declarações.
Durante o regime militar, deu declaração polêmica dizendo que "o povo brasileiro não sabe votar", o que provocou a reação de políticos na época.
Em 2005, falou que Romário deveria se aposentar, ao que o mesmo replicou que Pelé "com a boca fechada é um poeta", completando que ele deveria "colocar um sapato na boca para deixar de falar besteiras". Também criticou Ronaldo por estar acima do peso em 2006, porém o jogador realmente estava muito acima do peso ideal.
Em 2006, disse antes do jogo pela Copa do Mundo entre Brasil e França que tinha um mau pressentimento quanto ao jogo. O Brasil realmente acabou perdendo o jogo por 1 a 0.
Muitos jogadores declararam que em campo ele era um "jogador sujo", e também costumava revidar as agressões dos adversários:
Quebrou a perna do alemão Kiesman em um amistoso em que o Brasil venceu a Alemanha Ocidental em 1965 no Maracanã por 2 a 0.
Também causou a fratura da perna do cruzeirense Procópio em 1968 numa partida entre Cruzeiro e Santos.
Quando era ministro do Esporte, criou a Lei Pelé, que tinha como objetivo modernizar o futebol brasileiro ao transformar os clubes em empresas. A lei até hoje é polêmica: Pelé acusa os grandes clubes de terem deturpado o projeto original, enquanto os mesmos dizem que a lei teria facilitado a saída dos jogadores de seus clubes, favorecendo as transferências para o exterior.
Seu filho Edinho (Edson Cholbi Nascimento) que jogou como goleiro pelo Santos, foi preso em junho de 2005[9] por envolvimento com o tráfico de drogas.
Tem sete filhos reconhecidos: três com a primeira mulher, Rosemeri Cholbi, dois com a segunda, Assíria Lemos, e mais duas filhas extraconjugalmente, uma das quais Pelé foi obrigado a reconhecer a paternidade judicialmente, Sandra Regina Machado, ex-vereadora de Santos, vitimada por um câncer em 17 de outubro de 2006.
Estatísticas
Partidas: 1375
Gols: 1284
Média de Gols por Partida: 0,93
Atleta do século
Recorde de gols em uma partida: oito gols, em 21 de novembro de 1964, na partida Santos 11 a 0 Botafogo de Ribeirão Preto (superado por Dadá Maravilha na década de 1970).
Partidas pela seleção brasileira: 115 (92 oficiais)
Gols pela seleção brasileira: 95
Mais jovem artilheiro Campeonato Paulista: 1957 - Santos (fez 17 anos durante a competição)
Mais jovem Campeão Mundial: 1958 - Brasil (18 anos)
Mais jovem Bicampeão Mundial: 1962 - Brasil (22 anos)
Único Jogador que foi Tricampeão Mundial: 1970 - Brasil (30 anos)
Maior artilheiro em uma temporada do Campeonato Paulista: 1958 - 58 gols
Maior número de temporadas como artilheiro do Campeonato Paulista: 11
Maior artilheiro em uma temporada: 1959 - 127 gols
Maior artilheiro da história da Seleção Brasileira: 95 gols
Maior artilheiro do futebol profissional: 1284 gols
Bola de Ouro Especial da revista Placar: 1987
Placa de bronze afixada no Maracanã: 1961 - Em virtude de um lindo gol marcado contra o Fluminense, no dia 12 de junho de 1961. Origem do termo "Gol de placa", cunhado por Joelmir Beting.
Artilharia
Campeonato Paulista
1957 - Santos (20 gols)
1958 - Santos (58 gols) - Recorde da Competição
1959 - Santos (45 gols)
1960 - Santos (34 gols)
1961 - Santos (47 gols)
1962 - Santos (37 gols)
1963 - Santos (22 gols)
1964 - Santos (34 gols)
1965 - Santos (49 gols)
1968 - Santos (26 gols)
1973 - Santos (11 gols)
[editar]Copa América
1959 - Brasil (8 gols)
[editar]Campeonato Brasileiro das Forças Armadas
1959 - Seleção da 6ª Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM)(11 gols)
[editar]Campeonato Sul Americano das Forças Armadas
1959 - Seleção Brasileira das Forças Armadas (11 gols)
[editar]Taça Brasil
1961 - Santos (9 gols)
1963 - Santos (12 gols)
[editar]Torneio Rio-São Paulo
1961 - Santos (7 gols)
1963 - Santos (15 gols)
1964 - Santos (3 gols)
1965 - Santos (7 gols)
[editar]Copa Intercontinental
1962 - Santos (3 gols)
1963 - Santos
[editar]Taça Libertadores da América
1963 - Santos (11 gols)
Títulos
Copa do Mundo: 1958, 1962 e 1970
Copa Intercontinental: 1962 e 1963
Taça Libertadores da América: 1962 e 1963
Recopa Sul-Americana: 1968
Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968
Taça Brasil: 1961/62/63/64/65
Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1968
Torneio Rio-São Paulo: 1959,1963,1964,1966
Campeonato Paulista: 1958/60/61/62/64/65/67/68/69/73
Liga Norte-Americana de Futebol: 1977 (New York Cosmos)
Prêmios
Atleta do Século, eleito por jornalistas do mundo todo, na pesquisa realizada pelo jornal francês L'Equipe: 1981
Atleta do Século, eleito pelo Comitê Olímpico Internacional: 1999
Atleta do Século, eleito pelos jornalistas da Agência de Notícias Reuters: 1999
Jogador de Futebol do Século, escolhido pela UNICEF: 1999
Jogador de Futebol do Século, eleito pelos vencedores da Bola de Ouro da revista France Football: 1999
Maior Jogador de Futebol do Século FIFA: 2000
Maior jogador do Século XX pela IFFHS: 1999
Maior jogador Sulamericano do Século XX Pela IFFHS: 1999
Laureus World Sports Awards - Prêmio pelo conjunto da obra, entregue pelo Presidente Sul-Africano Nelson Mandela: 2000
BBC Personalidade Esportiva do Ano: 1970
BBC Personalidade Esportiva do Ano - Prêmio pelo conjunto da obra: 2005
Gol 500
Marcado em 2 de setembro de 1962, na partida Santos 3 a 3 São Paulo. Pelé marcou dois gols na partida, sendo o segundo o 500º gol.
Milésimo gol
Marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11, Vasco 1 - Santos 2, com 65.157 pagantes.
A partida era válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o campeonato brasileiro da época. Aos 33 minutos do segundo tempo o zagueiro do Vasco Renê cometeu pênalti. Pelé cobrou com pé direito no canto esquerdo do goleiro Andrada, que se esforçou, mas não conseguiu defender o pênalti. Andrada não queria sofrer gol de Pelé pois achava que deixaria de ser conhecido como bom goleiro e passaria a ser lembrado somente como o goleiro do milésimo gol.
Ao ser cercado pelos repórteres, Pelé disse: "Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas".
Pelé vestiu uma camisa do Santos de número 1000 e deu a volta olímpica no Maracanã.
Nas artes
Filmografia
Isto É Pelé (documentário)
Os Trombadinhas
Pedro Mico
Fuga para a Vitória
A Marcha
Os Trapalhões e o Rei do Futebol
Pelé Eterno (documentário)
Telenovela
Os Estranhos
Discografia[10]
Pelé gravou o compacto Tabelinha com a cantora Elis Regina no ano de 1969. O disco foi gravado pela Philips/CBD, hoje Universal Music. (Philips 365291) com as canções Vexamão e Perdão Não Tem.
As canções estão disponíveis no CD duplo Elis Regina 20 anos de Saudade, de 2002 (Universal Music).
Curiosidades
Pelé conta que certa vez, seu pai, Dondinho, lhe mostrou um recorte de jornal que falava de um jogo em que ele fizera cinco gols, todos de cabeça. Esse recorde de seu pai nem o "Rei" conseguiu superar.
Pelé esteve para ser contratado pelo Bangu, time do Rio de Janeiro, mas sua mãe não queria que ele mudasse para tão longe de São Paulo.
Patrocinado por uma marca de refrigerante famoso internacionalmente, Pelé filmou várias "aulas de como se jogar futebol" no início dos anos 1970: nelas, pode se observar a sua técnica apuradíssima:"matadas" de bola no peito, dribles de todos os tipos ("chapéus", tabela com a "canela" do adversário), cabeceio com grande impulsão e também de "peixinho", chutes fortíssimos. Pelé também mostra como ele jogava com as pernas dobradas, para melhorar seu equilíbrio em função do centro de gravidade do corpo.
Ameaçado de perder a artilharia do Campeonato Paulista de 1964 pela primeira vez desde 1958, Pelé surpreendeu e superou seus concorrentes marcando oito gols em uma só partida: vitória do Santos por 11 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto. Milton Neves conta que o técnico do time do interior Osvaldo Brandão perdeu o cargo logo após essa goleada, mas foi contratado pelo Corinthians. No seu novo clube, na estréia, o Corinthians perdeu de 7 a 4, com Pelé marcando mais 4 gols, para dissabor do treinador.
Pelé afirma que seu gol mais bonito foi marcado no estádio do Juventus na rua Javari (bairro da Mooca) em 2 de agosto de 1959 no Campeonato Paulista. Como não existem imagens deste feito, Pelé aceitou recriá-lo através de computação gráfica, para o documentário Pelé Eterno.
Pelé parou temporariamente a guerra civil no Congo Belga em 1969, quando, durante excursão pela África, o Santos jogou duas partidas de exibição no país, então dividido pela guerra.[11]
Além de ter atuado em clubes, Pelé ainda atuou por algumas seleções e combinados regionais e em apenas três oportunidades, não deixou sua marca.
Seleção do 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM)(1959), 11 gols
Seleção Paulista (1959-60 e 1968/69), 11 gols
Seleção das Forças Armadas (1959), 4 gols
Seleção dos Sind. dos Atletas-SP (1961/62), 3 gols
Seleção do Sudeste (1983), 1 gol
Seleção dos Amigos do Garrincha, 1 gol
Seleção Norte Americana de Astros (1975)
Seleção dos ex-atletas do New York Cosmos (1984)
Seleção Brasileira de Seniores (1987)
Pelé também defendeu a camisa de uma outra seleção nacional, em 22 de abril de 1978, para promover uma excursão do Fluminense pela África, Pelé atuou pela seleção da Nigéria até os 35 minutos do primeiro tempo, quando foi substituído por Nalando. Na mesma excursão, Pelé disputou uma partida com a camisa do Fluminense. O jogo ocorreu na cidade de Kaduba e terminou com a vitória de 2x1 em cima do Racca Rovers, que no mesmo ano se tornou campeão nacional.
Uma lenda como Pelé não podia ficar imune à polêmicas e duas em especial lhe cercam:
A polêmica dos 1284 gols: A existência dos 1284 gols de Pelé é incontestável: eles estão um a um registrados com data e adversário. No entanto, alguns historiadores e biógrafos contestam a validade real de determinados gols para efeito estatístico, argumentando que uma vez que os gols marcados pelos demais jogadores no período antes da profissionalização (juvenil, infantil e outros) não entram em sua contas, os vários gols de Pelé nestas categorias também não podem ser computados, e no caso seriam os 11 gols marcados pela Seleção da 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM) e os onze marcados pela Seleção das Forças Armadas por serem estas claramente seleções amadoras, e também não seriam computados os 65 gols marcados com a camisa do New York Cosmos por se entender que à época a Liga Norte Americana de Futebol, além de não ter qualquer vínculo com a FIFA, ainda possuía regras próprias, como o campo de grama sintética, ou o goleiro vestindo o número "zero", e por estes cálculos mais conservadores Pelé teria "apenas" 1199 gols como profissional.
A polêmica do milésimo: Por este mesmo critério, o milésimo gol de Pelé, como profissional, foi marcado em 4 de fevereiro de 1970 na goleada por 7 a 0 que o Santos aplicou no América do México. Por outro lado, mesmo pelos números oficialmente aceitos, há uma outra polêmica que cerca o gol número mil do "Rei do futebol", segundo constatou-se mais tarde um erro levou a não ser computado um gol que Pelé marcou pela Seleção das Forças Armadas do Brasil contra a Seleção das Forças Armadas do Paraguai, no placar final que foi de 4 a 1 (e não 4 a 3 como se veiculava na época) do dia 18 de novembro de 1959 (e não 5 de novembro) o "rei" marcou um gol, e com isso o "verdadeiro" gol 1000 teria ocorrido em 14 de novembro de 1969, cinco dias antes daquele que foi imortalizado no Maracanã, em um amistoso contra o Botafogo da Paraíba, na partida de inauguração do estádio Governador José Américo de Almeida, aos 23 minutos do segundo tempo, também de pênalti Pelé fez o terceiro gol da partida e àquele que "corretamente" é o seu milésimo gol. Todavia, Celso Unzelte, numa reportagem para Placar a qual citou no programa "Loucos por Futebol" da ESPN, provou com imagens de TV que um gol de Pelé feito contra a Seleção da Checoslováquia em 1965, constante da lista original, na verdade foi de Coutinho. Dessa forma, segundo ele, estava restabelecido o milésimo gol como sendo o feito sobre o Vasco da Gama.
Foi, e dificilmente será ultrapassado, como o maior carrasco do Sport Club Corinthians Paulista, maior rival do Santos Futebol Clube, em um total de 47 partidas pelo Santos ele marcou 48 gols, com uma fantástica média de 1,02 gol por partida, outros dois gols foram marcados com a camisa da seleção Brasileira, na partida Brasil 5 - Corinthians 0, completando assim 50 gols em 48 partidas.
No dia 6 de abril de 1979, aos 39 anos de idade, Pelé vestiu a camisa do Flamengo em uma partida oficial no Estádio do Maracanã. O Flamengo enfrentou o Atlético Mineiro cuja renda foi revertida para as vítimas das enchentes de Minas Gerais. Com a presença de Pelé, a renda chegou a CR$ 8.781.290,00 e um público de 139.953 pagantes.
Pelé realizou duas tabelas com Zico relembrando seus tempos com Coutinho. Apesar disso, foi o Atlético que saiu na frente através de um gol de Marcelo. O empate do Flamengo foi de pênalti e cobrado por Zico. No segundo tempo Luisinho entrou no lugar de Pelé. No final, o Flamengo venceu por 5 a 1. Zico fez mais três gols, ficando para Luizinho e Cláudio Adão os outros gols.
Pelé é um dos poucos brasileiros a possuir o título de Sir da Ordem do Império Britânico na categoria Knight Commander (KBE), o título completo em inglês é Knight Commander of the Order of the British Empire, que em tradução livre seria "Comandante Cavaleiro da Ordem do Império Britânico".[12]
Em 2002, Pelé foi convidado para dar a bandeirada final no GP do Brasil de Fórmula 1. Mas Pelé acabou se distraindo e não deu a bandeirada para Michael Schumacher. No total, 8 pilotos passaram sem ter visto a bandeira quadriculada tremulando.
Em 2009 foi anunciado a parceria de Pelé com a Ubisoft para o desenvolvimento de um jogo de video game de futebol para o Wii no qual Pelé é o personagem principal.[13] O jogo chamado "Academy of Champions" remete a idéia de Pelé de trazer o esporte para os mais jovens.[14]
A Fase Pré-Seleção
Antes de se formar oficialmente a Seleção Brasileira de Futebol para a primeira partida em 1914, houve no Brasil seis partidas disputadas na fase chamada de "pré-fase do selecionado brasileiro". Estas partidas, curiosamente, foram jogadas por combinados regionais brasileiros (Rio de Janeiro e São Paulo ou apenas um combinado do Rio de Janeiro) contra equipes do exterior (ao lado), não sendo computados nas estatísticas por vários historiadores, um erro.
A Seleção Brasileira de Futebol
Foi formada, oficialmente, com a fundação em 1914 da Federação Brasileira de Sports, a atual CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que adotou o nome atual em 1979. Antes porém, a CBF já se chamou Federação Brasileira de Futebol em 1915 e Confederação Brasileira de Desportos (de 1916 a 1979). No entanto, o primeiro presidente foi o Sr. Álvaro Zamith, que dirigiu a entidade de 20 de novembro de 1915 à 04 de novembro de 1916.
O primeiro uniforme oficialmente utilizado pela seleção brasileira data de 21 de julho de 1914, no primeiro jogo - considerado não oficial pela FIFA - contra a equipe inglesa do Exeter City. O Brasil jogou e venceu por 2 a 0 com a seguinte formação: Marcos; Píndaro e Nery; Lagreca, Rubens Salles e Rolando; Abelardo, Oswaldo Gomes, Friendereich, Osman e Formiga. O jogo foi realizado no Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro e os marcadores foram Oswaldo Gomes (atleta do Fluminense/RJ) e Osman (do América/RJ). Veja » História do primeiro jogo da seleção.
O primeiro título do selecionado brasileiro viria dois meses depois, numa disputa com a Argentina, o Brasil vence por 1 a 0 e leva a Copa Rocca. O Brasil formou com: Marcos; Pindaro e Nery; Legreca, Rubens Salles e Pernambuco; Millon, Oswaldo Gomes, Bartô, Friendereich e Arnaldo. Rubens Salles fez o gol brasileiro - o jogo foi realizado no campo do Club Gimnasia y Esgrima, em Buenos Aires/ARG.
O primeiro distintivo na camisa apareceu no ano de 1917, com o escudo da antiga CBD, foi utilizado apenas na partida contra a Argentina, pelo campeonato Sul-Americano. Até então, o Brasil, jamais havia utilizado um distintivo em suas camisas. Neste mesmo ano, e pelo mesmo campeonato, a seleção utilizou uma camisa vermelha. É que os seus adversários, assim como o Brasil, entraram na competição com uniformes brancos, e o jeito foi fazer um sorteio e o Brasil teve de mudar o seu uniforme.
Em 1950 a CBD (atual CBF) sedia a Copa do Mundo com a participação de 13 seleções. Os estádios utilizados foram: Estádio do Maracanã/RJ (sediou 08 jogos); Estádio do Pacaembú/SP (06 jogos); Estádio da Independência/MG (03 jogos); o Durival de Brito/PR (02 jogos), o Estádio dos Eucaliptos/RS (02 jogos) e a Ilha do Retiro/PE (01 jogo).
No ano de 1954, um jovem gaúcho, de nome Aldyr Garcia Schlee venceu o concurso para escolha do novo uniforme com as cores da bandeira nacional. Surgia ali a camisa canarinho. Sua estréia ocorreu durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1954.
Clubes e seleções regionais que vestiram a camisa canarinho
Dentre todos, apenas Atlético Mineiro, Corinthians, Internacional e Palmeiras foram as unicas equipes a representarem (vestirem) a camisa da Seleção Brasileira principal.
- Em 1956, a Seleção Gaúcha representou o Brasil nos Jogos Panamericanos, realizado no México, e tornou-se campeão.
- O Palmeiras vestiu a camisa Amarela do Brasil em um amistoso contra a Seleção do Uruguai no dia 07 de setembro de 1965 e venceu por 3x0 (gols de Germano, Rinaldo e Tupãzinho).
- O Corinthians representou o Brasil em um jogo contra o Arsenal da Inglaterra, em Londres, jogando de camisas Azuis, no dia 20 de novembro de 1965 e perdeu por 2x0.
- No final de 1968, o Galo representou a Seleção Brasileira em jogo contra a Iugoslávia, e venceu por 3 x 2, conseguindo uma grande virada após levar dois gols no começo da partida. >> veja o Poster
- Em 1984 o Internacional teve os 11 jogadores titulares representando a Seleção nas Olimpiadas dos Estados Unidos, trazendo a medalha de Prata.
Nestas páginas (clicando nos links) você encontrá diversas informações sobre o selecionado brasileiro. Vale lembrar que estaremos adicionando mais informações com o tempo.
Nota: A FIFA não reconhece os jogos contra clubes e seleções regionais como oficiais.
sábado, 17 de julho de 2010
Fundação:
1904
Presidente:
Joseph "Sepp" Blatter
País:
Sede em Berna, Suíça
Site Oficial:
http://www.fifa.com
Fatos & História
Tabela de conteúdo [esconder]
1 Sobre a Confederação
1.1 História da Confederação
1.2 Direção
2 Links Importantes
3 Referências
Sobre a Confederação
FIFA, ou Fédération Internationale de Football Association, é a entidade responsável por supervisionar as numerosas confederações, federações e associações ao redor do mundo, bem como organizar várias competições de futebol, sendo a Copa do Mundo a mais importante. A FIFA é uma associação estabelecida sob as leis da Suiça. A FIFA é composta por um corpo supremo que é o Congresso da FIFA, uma assembléia composta por um representante de cada federação nacional afiliada à entidade.
História da Confederação
A Fédération Internationale de Football Association (FIFA) foi fundada em Paris, a 21 de maio de 1904, após representantes da França, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Suécia e Holanda firmarem um pacto. Pouco depois, foram criados os primeiros estatutos FIFA, incluídas aí as regras pelas quais o jogo seria disputado. Intenções de criar uma grande competição internacional de futebol começaram a tomar forma.
O encontro do primeiro Congresso FIFA ocorreu pouco depois para discutir a competição internacional e ajudar a organização a tomar forma e ganhar membros. Robert Guerin foi o primeiro presidente eleito da federação, Victor E Schneider e Carl Anton Wilhelm Hirschman tornaram-se vice – presidentes.
Pouco depois do encontro, a Inglaterra tornou-se um dos primeiros países a entrar na nova federação. Em seguida, foi a vez de Alemanha, Áustria, Itália e Hungria se juntarem. A primeira competição internacional aconteceu em 1906, com a Suíça tendo a cargo as semifinais e finais. Uma falha grotesca que levou à substituição do Presidente Guerin pelo inglês Daniel Burley Woolfall.
A primeira prioridade de Woolfall como presidente foi estabelecer regras para uniformizar a prática do jogo em um nível internacional. As regras vieram do modelo inglês do futebol. Ele também estabeleceu que o francês como idioma oficial da federação e publicou o primeiro boletim da FIFA. Os primeiros membros de outro continente como Chile e Argentina entraram na FIFA nesta época. Jules Rimet assumiu o cargo de Woolfall em 1921.
A noção de uma grande e bem-sucedida competição internacional de futebol ainda estava pendente. Então em 1928 a FIFA modelou seu segundo grande torneio de futebol, a Copa do Mundo, após os bem-sucedidos Jogos Olímpicos de 2008. O Uruguai se tornou o primeiro país a organizar a competição. Os times europeus hesitaram em participar do torneio por causa da longa viagem de navio e dos clubes terem que ceder seus melhores jogadores por dois meses. A primeira partida do novo torneio aconteceu em 18 de Julho de 1930 em Montevidéu, com vitória da França sobre o México por 4x1. O Uruguai, país anfitrião, tornou-se o primeiro campeão da Copa do Mundo FIFA. O torneio se tornou não só um grande sucesso financeiro para a FIFA como também fez do futebol um esporte cada vez mais popular.
Seguindo o sucesso da primeira Copa do Mundo, outros países competiram para sediar as próximas competições. A Itália organizou a segunda Copa do Mundo em 1934 e, tal como em 1930, os anfitriões conquistaram o título. A Azzurra bateu a Tchecoslováquia na final, a primeira transmitida pelo rádio.
Com a explosão da Segunda Guerra Mundial, a FIFA suspendeu a organização de competições internacionais, apesar de manter seus escritórios em Zurique durante o conflito. O Congresso da FIFA se reuniu novamente em 1º de Julho de 1946. O Brasil tornou-se o primeiro país a organizar a competição após a Guerra. Rodolphe Seeldrayers era o novo presidente após a saída de Jules Rimet. O troféu dado ao vencedor da Copa do Mundo foi renomeado Taça Jules Rimet em sua honra.
Seeldrayers foi hábil em perceber o montante de nações que participavam da competição aumentou para 85 e a federação chegava aos 50 anos, antes de ser sucedido por Arthur Drewry. Drewry morreu pouco depois de ser nomeador presidente. De qualquer forma, ele presidiu o Comitê de Estudos para os novos Estatutos FIFA e abriu a sexta Copa do Mundo, na qual o Brasil conquistou o primeiro de seus cinco títulos antes de sua morte.
Sir Stanley Rous, um antigo árbitro tornou-se o sexto presidente da FIFA. Sob sua administração, a FIFA continuou a se expandir. Um bom número de países recém-independentes juntaram-se à federação. A Copa do Mundo FIFA também se tornou transmitida pela televisão para todo o planeta, num evento que muito contribuiu para a expansão da federação. Como resultado, o lucro resultante da Copa do Mundo começou a aumentar. Rous iria estender seu mandato efetivo por mais quatro anos. Rous foi nomeado Presidente Honorário da FIFA e foi sucedido pelo brasileiro João Havelange em 1974.
Com Havelange na presidência, a FIFA tornou-se um empreendimento dinâmico e transbordante de novas e modernas idéias. Havelange aumentou o volume de funcionários da federação e construiu um escritório extra em um novo prédio. Ele também aumentou o número de participantes na Copa do Mundo, de 16 para 24 na edição de 1982, proporcionando mais vagas para equipes da África, Ásia e da CONCACAF para participarem da competição. Antes de deixar o cargo, em 1998, já tinha acertado um novo aumento no número de participantes na Copa a partir daquele ano, de 24 para 32.
Sua liderança também ajudou na área da diplomacia, assim que nações que eram rivais na arena política participaram de forma pacífica em assembléias para discutir futebol e assuntos a ele relacionados.Por exemplo, representantes do Iraque, Irã, das duas Coréias, Japão e Arábia Saudita ficaram frente à frente em Zurique, em julho de 1993 para discutir a fase final das eliminatórias do continente asiático para a Copa dos EUA no ano seguinte. Em 1991, as Coréias do Sul e do Norte competiram como uma única equipe no Mundial de Futebol Junior.
Joseph S. Blatter (Sepp Blatter) tornou-se presidente em Junho de 1998. Sob seu mandato, a FIFA continua desenvolvendo o jogo mais popular do mundo. Ela expandiu-se a ponto de incluir 200 milhões de jogadores em atividade de 208 países. A Copa do Mundo continua sendo o maior torneio de futebol do mundo.
Direção
• Joseph Blatter 1998 – Presente
Links Importantes
• http://www.fifa.com
Referências
• http://pt.wikipedia.org/wiki/FIFA • http://www.fifa.com
Remo
[editar]Grupo de Regatas Botafogo
Em 1891, sob a liderança de Luiz Caldas, é fundado o Grupo de Regatas Botafogo. Esta associação contava em sua gênese com a participação de membros vindos do Clube Guanabarense, criado em 1874.
No contexto da Revolta da Armada, dois líderes revolucionários, o Almirante Custódio de Melo e o Comandante Guilherme Frederico de Lorena, tinham dois filhos como sócios do grupo: João Carlos de Melo (John) e Frederico Lorena (Fritz). Esta ligação dos jovens com o grupo levantou suspeitas do governo sob o Botafogo, que foi obrigado a interromper suas atividades. Por conta da perseguição, John e Fritz deixaram o Rio de Janeiro e Luiz Caldas foi preso.
Pouco tempo depois, Luiz Caldas viria a falecer em 25 de junho de 1894. Então, os sócios restantes do Grupo de Regatas Botafogo reuniram-se para regulamentar a criação do clube. Com 40 sócios, em 1 de julho de 1894 era fundado o Club de Regatas Botafogo.
[editar]Club de Regatas Botafogo
Primeira sede do CR Botafogo.
No dia 1 de Julho de 1894, nascia na praia de Botafogo o Club de Regatas Botafogo, o clube ganhou esse nome em homenagem a enseada do bairro onde competiam os seus barcos. Originou-se da dissidência de uma turma de remadores oriundos do Clube Guanabararense que fundou, em 1891, o Grupo de Regatas Botafogo, de que surgiu o clube, sendo, portanto, a entidade poliesportiva mais antiga do Brasil.
A sede do clube era em um casarão, atualmente demolido, no sul da praia do Botafogo, encostado ao morro do pasmado, onde hoje termina a Avenida Pasteur.
Os fundadores do Club de Regatas Botafogo: Alberto Lisboa da Cunha, Arnaldo Pereira Braga, Arthur Galvão, Augusto Martins, Carlos de Souza Freire, Eduardo Fonseca, Frederico Lorena, Henrique Jacutinga, João Penaforte, José Maria Dias Braga, Julio Kreisler, Julio Ribas Junior, Luiz Fonseca Quintanilha Jordão, Oscar Lisboa da Cunha e Paulo Ernesto de Azevedo.
A embarcação botafoguense Diva tornou-se uma lenda nas águas da Baía de Guanabara, tendo vencido todas as 22 regatas que disputou, sagrando-se campeão carioca de 1899. Apesar da larga tradição no esporte, o Club de Regatas Botafogo só foi esta vez campeão carioca de remo.
O Club de Regatas Botafogo foi o primeiro clube carioca campeão brasileiro de alguma modalidade esportiva: de remo, em campeonato realizado no Rio de Janeiro, em outubro de 1902.
Na primeira regata disputada pelo recém fundado Clube de Regatas do Flamengo, os remadores deste bateram em uma bóia de sinalização e adernaram, tendo sido salvos por uma guarnição do Botafogo, que rebocou o barco rubro-negro até a linha de chegada.
Mas os atletas do Club de Regatas também já haviam se arriscado a praticar o futebol. Isto aconteceu em 25 de outubro de 1903, antes mesmo da fundação do Botafogo Football Club. Os remadores botafoguenses reuniram-se com os colegas de esporte do Flamengo para a disputa de um amistoso. O time do Botafogo, formado por W. Schuback, C. Freire e O. Cox; A. Shorts, M. Rocha e R. Rocha; G. Masset, F. Frias Júnior, Costa Santos, N. Hime e H. Chaves Júnior, goleou o Flamengo por 5 a 1 no campo do Paissandu.
[editar]Botafogo de Futebol e Regatas
Após a fusão, o Botafogo só voltou a ser campeão carioca de remo na década de 1960, quando venceu em 1960, 1962, 1964.
Em 2005, uma parceria foi assinada com a ALE Combustíveis. A empresa financiou obras na sede náutica do clube na Lagoa Rodrigo de Freitas. Além disso, renovou a frota de barcos do clube em 2006.
[editar]Futebol
[editar]Botafogo Football Club
[editar]A fundação
No ano de 1904 surgia no bairro de Botafogo um novo clube de futebol, o Electro Club, primeiro nome dado ao Botafogo Football Club. O clube nasceu de uma conversa entre dois amigos durante uma aula. Flávio Ramos e Emmanuel Sodré estudavam juntos no colégio Alfredo Gomes e durante uma aula de álgebra ministrada pelo general Júlio Noronha, que se arrastava, nascia a primeira ideia de fundar um clube, através de um bilhete passado por Flávio a Emmanuel, que dizia: "O Itamar tem um clube de football na rua Martins Ferreira. Vamos fundar outro no Largo dos Leões? Podemos falar aos Werneck, ao Arthur César, ao Vicente e ao Jacques".
Emmanuel aguardou ansioso o fim da aula para expressar seu entusiasmo. Os meninos, que residiam no bairro de Botafogo, próximo ao Largo dos Leões, logo convenceram outros colegas de que não surgiria opção melhor para preencher o vazio daqueles dias de comecinho do século no Rio de Janeiro, em que eram raras as atrações para os adolescentes. Na tarde de sexta-feira, 12 de agosto de 1904, Flávio, Emmanuel e alguns amigos, todos com idades entre catorze e quinze anos, reuniram-se em um velho casarão localizado nas esquinas da rua Humaitá com o Largo dos Leões para oficializar a fundação do Clube.
Electro Club foi o primeiro nome dado ao Botafogo, já que os meninos decidiram cobrar mensalidade e acharam um talão de um extinto grêmio de pedestrianismo com esse nome, que resolveram então adotar.
O uniforme de listras verticais em preto e o branco também foi aclamado por unanimidade. A sugestão partiu de Itamar Tavares. Ele estudara na Itália, onde torcia para a Juventus de Turim, que nasceu em 1897 e que é hoje o clube mais popular do país. A primeira diretoria do Electro, que não teve ata de fundação, era composta por: Flávio da Silva Ramos (presidente), Octávio Werneck (vice-presidente), Jacques Raimundo Ferreira da Silva (secretário) e Álvaro Werneck (tesoureiro).
Flávio e Emmanuel não gostariam de ver o clube tomar o destino de tantos outros, que desapareceram sem deixar vestígio. Logo, procuraram gente com mais idade e mais experiência para administrá-lo, como Alfredo Guedes de Mello e Alfredo Chaves.
Mas o Electro Club só durou até o dia 18 de Setembro, quando foi feita outra reunião na casa da avó do Flávio, Dona Chiquitota, que se assustou ao saber o nome do clube e não se conteve. "Afinal, qual é o nome deste clube?", perguntou. "Electro", respondeu Flávio. "Meu Deus. Que falta de imaginação! Ora, morando onde vocês moram, o clube só pode se chamar Botafogo", aconselhou Dona Chiquitota, e assim foi feito então passando a se chamar Botafogo Football Club. Nesse mesmo dia, tomou posse a nova diretoria, composta por Alfredo Guedes de Mello (presidente), Itamar Tavares (vice-presidente), Mário Figueiredo (secretário) e Alfredo Chaves (tesoureiro). Os primeiros treinos aconteceram no Largo dos Leões, e as palmeiras imperiais serviram de balizas. Assim nascia o Botafogo Football Club. Fundadores: Álvaro Cordeiro da Rocha Werneck, Artur César de Andrade, Augusto Paranhos Fontenele, Basílio Viana Junior, Carlos Bastos Neto, Emmanuel de Almeida Sodré, Eurico Parga Viveiros de Castro, Flávio da Silva Ramos, Jacques Raimundo Ferreira da Silva, Lourival Costa, Octávio Cordeiro da Rocha Werneck e Vicente Licínio Cardoso.
Time do Botafogo em 1906.
O primeiro amistoso ocorreu no dia 2 de Outubro de 1904, contra o Football and Athletic Club, na Tijuca: derrota por 3 x 0. O time que entrou em campo usava o esquema 2-3-5 e era composto por: Flávio Ramos; Victor Faria e João Leal; Basílio Vianna, Octávio Werneck e Adhemaro Delamare; Normann Hime, Itamar Tavares, Álvaro Soares, Ricardo Rêgo e Carlos Bitencur. A primeira vitória viria no segundo jogo: em 21 de maio de 1905 sobre o Petropolitano, 1 a 0, gol de Flávio Ramos.
Ainda neste ano, foi criado o Carioca Futebol Clube no bairro de Botafogo. Este clube era destinado a ensinar crianças as bases do futebol, sendo a primeira escolinha do esporte no Brasil. A escolinha foi desativada em 1908 e foi absorvida pelo Botafogo Football Club, que buscou nos jogadores do Carioca a intenção de fundar a seu próprio time infantil.
[editar]O Glorioso
Em 1906, o Botafogo venceu seu primeiro título: a Taça Caxambu, o primeiro torneio do futebol do Rio de Janeiro disputado pelas equipes de segundo-quadro. O time participou ainda do primeiro Campeonato Carioca ficando em quarto lugar. A primeira vitória da equipe no campeonato, por 1 a 0, foi contra o Bangu em 27 de maio.
No ano seguinte, terminou empatado em pontos com o Fluminense numa grande polêmica só resolvida nove décadas depois. O Botafogo teria de enfrentar o Internacional, lanterna da competição, na última rodada. Porém, o Internacional, que também não tinha enfrentado o Fluminense, não compareceu ao jogo. O Botafogo venceu o jogo por W.O, mas não teve gols acrescentados na tabela. Enquanto isso, o Fluminense venceu o Paissandu por 2 a 0 e empatou na classificação final do campeonato com o alvinegro. Como tinha saldo melhor, o Fluminense reivindicou o título. Prejudicado por não ter a oportunidade de marcar gols na última partida, o Botafogo pedia um jogo extra, maneira considerada pelos diretores alvinegros justa de decidir a disputa, o que não foi aceito. O regulamento da competição não especificava nenhum critério de desempate além do número de pontos. Os dois clubes não chegaram a um acordo sobre como decidir o campeonato.[1] A Liga não conseguiu encontrar uma solução e se dissolveu, e o campeonato ficou sem um campeão até 1996, quando Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, decidiu dividir o título de 1907 entre ambos os clubes.
Em 1910, o Botafogo consagrar-se-ia definitivamente. Ao vencer o Campeonato Carioca de 1910, o time realizou uma campanha irretocável. Foram 7 goleadas aplicadas sobre os adversários na competição, fato este que lhe rendeu o apelido de O Glorioso. O alvinegro, que naquele campeonato marcara 66 gols, já demonstrava ser uma máquina. No ano anterior, aplicou 24 a 0 sobre o Sport Club Mangueira (até hoje a maior goleada da história do futebol brasileiro em jogos oficiais). Nesta mesma época de transição de décadas, o Botafogo ainda fez 15 a 1 sobre o Riachuelo, 13 a 0 e 11 a 0 no Haddock Lobo, 9 a 0 contra o Internacional, entre outras goleadas mais.
Em 1911, o clube desligou-se da Liga Metropolitana de Sports Athleticos após uma confusão num jogo contra o América. O incidente foi iniciado quando o jogador do time rubro Gabriel de Carvalho fez falta violenta em Flávio Ramos, que revidou, originando uma briga generalizada. Insatisfeita com as punições que foram impostas aos jogadores alvinegros envolvidos na briga, a diretoria solicitou o desligamento do próprio clube da LMSA, e em seguida passou uma longa fase realizando apenas amistosos contra equipes paulistas. No final do mesmo ano o clube perdeu a sua sede na rua Voluntários da Pátria, onde realizava seus jogos. Teve de disputar o campeonato de 1912, organizado pela Associação de Football do Rio de Janeiro, em um modesto campo na rua São Clemente, vencendo o campeonato.
Em 1913, o Botafogo retornou à Liga Metropolitana de Sports Athleticos. E, em 1915, voltou à liga municipal forte e renovado, com a concessão do terreno da rua General Severiano pela prefeitura em 1912 (até hoje o palacete de General Severiano é a sede oficial do clube). Porém, o Botafogo amargou um longo jejum de títulos que durou até a década de 1930.
[editar]Entressafra alvinegra
A fase entre 1912 e 1930 pode ser considerada como o primeiro período de jejum de títulos do Botafogo. Todavia, foram conquistados dois Campeonatos Cariocas de Segundos Quadros, em 1915 e 1922. O clube ainda foi vice-campeão carioca por duas vezes, 1916 e 1918, e fez vários artilheiros do torneio até 1920, entre eles Mimi Sodré, Aluízio Pinto, Luiz Menezes e Arlindo Pacheco.
Nesta época, o Botafogo contribui para a criação de um termo bastante comum nos dias atuais do esporte brasileiro: cartola[1]. Em 1917, os dirigentes do Botafogo trajaram-se de fraque e cartola para receber o time uruguaio do Dublin FC no gramado. A intenção era imitar os políticos da República Velha, mas o resultado acabou sendo o nome, pela imprensa, de carlota dirigentes esportivos.
Antes de ser formado o magnífico time do início da década de 1930 o Botafogo, na década de 1920, obteve como melhor resultado um terceiro lugar no Campeonato Carioca de 1928. De resto, foram cinco quartas colocações e outras classificações inferiores mais inferiores. Em 1923 o time quase foi rebaixado, ficou em 8° lugar (último) no Campeonato Carioca. Teve de disputar um partida elimitatória, para não cair, contra o Vila Isabel, vencida por 3 a 1.
Este período também pode ser marcado por um série de problemas internos na cúpula do clube. Tanto que o atacante Nilo, que viria a ser um dos destaques do time de 30, foi para o Fluminense devido à problemas com a diretoria. Só retornou ao alvinegro em 1927, para ser o artilheiro do Carioca do mesmo ano.
[editar]Geração de 30: o Tetracampeonato
Na década de 1930, liderado pelos craques Nilo e Carvalho Leite, o clube conquistou o campeonato de 1930 e o tetracampeonato em 1932, 1933, 1934 e 1935 (até hoje o Botafogo é o único clube a ser tetra-campeão carioca, dentro de campo e sem divisão de título). O título de 1931 não foi conquistado devido a problemas internos que atrapalharam o time durante a campanha. Nesse mesmo período, nove jogadores do Botafogo foram convocados para a Copa do Mundo de 1934 na Itália: Carvalho Leite, Waldyr, Áttila, Canalli, Ariel, Martim Silveira, Octacílio e os goleiros Germano e Pedrosa. Durante a campanha dos cinco títulos o clube realizou 113 jogos, vencendo 75, empatando 22 e perdendo 16. Marcou 320 gols (sendo 79 marcados por Carvalho Leite) e sofreu 176. Leônidas da Silva, ídolo do Flamengo, atuou pelo clube na conquista de 1935 e chegou a estrear pelo time em 1936, entretanto, logo foi negociado ao rival rubro-negro. No mesmo ano, o clube realizou sua primeira excursão ao exterior: foi jogar no México e nos Estados Unidos. Em nove partidas, venceu seis.
O ano de 1938 foi o que o Botafogo inaugurou seu estádio em General Severiano. No Campeonato Carioca e no Torneio Municipal o clube ficou em terceiro lugar, foi prejudicado pois cedera cinco jogadores para a disputa da Copa da França. No ano seguinte surgiu no clube o craque Heleno de Freitas. Com temperamento controvertido, impulsivo e sobretudo elegante, estreou no clube em 28 de Abril de 1940, substituindo o ídolo Carvalho Leite, numa partida contra o São Cristovão. Durante os próximos oito anos foi o maior ídolo do clube e, por conseguinte, o primeiro craque do recém criado "Botafogo de Futebol e Regatas".
[editar]Botafogo de Futebol e Regatas
[editar]A fusão
O Botafogo de Futebol e Regatas nasceu oficialmente, no dia 8 de Dezembro de 1942, resultado da fusão de dois clubes com o mesmo nome: o Club de Regatas Botafogo, que foi fundado no dia 1 de julho de 1894, e o Botafogo Football Club, fundado em meados de 1904. Os dois clubes tinham suas sedes no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
A união foi apressada por uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942 os dois clubes disputavam uma partida de basquete pelo campeonato estadual, no Mourisco Mar, sede do Club de Regatas Botafogo. Nesse jogo, o jogador Armando Albano faleceu vítima de um infarto. Após o incidente os presidentes Augusto Frederico Schimidt e Eduardo Góis Trindade, do Regatas e do Football respectivamente, iniciaram os procedimentos para o ato para tornar o Botafogo único.
Com a fusão foram feitas algumas alterações: a bandeira perdeu o escudo com letras entrelaçadas do B.F.C., e ganhou um retângulo preto com a Estrela Solitária branca, do Clube de Regatas, ao alto, e a equipe de futebol passou a usar calções pretos. O escudo incorpora ao distintivo com a estrela solitária branca, num fundo preto com contorno branco, no lugar das letras entrelaçadas.
[editar]Retomada de títulos
Fundado o Botafogo atual em 1942, estava preparado o caminho para torna-se um dos maiores clubes de futebol do mundo nas décadas de 50/60. A fusão, entretanto, demorou a trazer sorte ao Botafogo. Apesar dos craques que desfilaram com a sua camisa, como Gérson dos Santos, Zezé Procópio, Sarno, Paulo Tovar, Heleno de Freitas e Tim, o alvinegro só conseguiu reconquistar o título carioca em 1948. Curiosamente, no ano em que Heleno deixou o clube.
Após quatro vice-campeonatos seguindos nos anos de 1944, 1945, 1946 e 1947, em 1948 foi conquistado o primeiro título sob o novo nome. O Botafogo de Futebol e Regatas sagrou-se Campeão Estadual do Rio de Janeiro, após bater na final o favorito Vasco da Gama. Botafogo estreou no Carioca de 1948 perdendo de 4 a 0 para o São Cristóvão. Fim de jogo, o presidente Carlito Rocha garantiu que o time não perderia mais e que seria o campeão. Poucos acreditaram. O clube havia acabado de vender Heleno de Freitas para o Boca Juniors (ARG) e efetivara o ex-centro-médio Zezé Moreira como técnico. Pouco para quem não ganhava um campeonato havia 12 anos. Mas, guiado pela fé inabalável de Carlito, pelos gols de Otávio de Moraes e de Sílvio Pirilo e pelo mascote Biriba, um cãozinho preto e branco, o time obteve 17 vitórias e dois empates nos outros 19 jogos. Resultado: ganhou o título, derrotando na final o apelidado "Expresso da Vitória" do Vasco. A decisão foi em General Severiano, no dia 12 de dezembro de 1948, e o Botafogo venceu por 3 a 1. Até hoje, os cruzmaltinos dizem que os alvinegros devem ter acrescentado alguma substância ao café que os craques do Vasco beberam no intervalo. O Botafogo jogou com Osvaldo, Gérson e Nílton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha. Foi o primeiro título de Nílton Santos, que logo se transformaria em lenda do futebol brasileiro.
Em 1951, o time preto e branco triunfa pela primeira vez no Torneio Municipal, justamente na última edição do torneio com aquele nome (que só voltaria a ser realizado em 1996 com o nome de Taça Cidade Maravilhosa).
[editar]Época de ouro
Nas décadas de 1950 e 1960, o Botafogo viveu um dos seus períodos mais áureos, tendo contado com a participação de craques como Garrincha, Nilton Santos (melhores de todos os tempos em suas posições de acordo com a FIFA), Didi, Zagallo, Amarildo, Quarentinha, Manga, entre outros. O time notabilivaza-se também pelas muitas excursões que fazia pelo exterior, disputando competições extra-oficiais e amistosos, grande parte na América e na Europa.
Em 1957, o alvinegro venceu o Campeonato Carioca ao derrotar na final o Fluminense por 6 a 2, tendo Paulinho Valentim marcado 5 gols na maior goleada da história das finais da competição. No ano seguinte, o Botafogo cedeu para a Seleção Brasileira, que seria Campeã do Mundo pela primeira vez, seus principais jogadores Garrincha, Nilton Santos e Didi. Novas vitórias vieram no Carioca de 1961 e 1962 e no Torneio Rio-São Paulo de 1962. Neste ano de 1962, na Copa do Mundo realizada no Chile, novamente, o time da Estrela Solitária ajudou fundamentalmente a Seleção Brasileira que conquistaria o bicampeonato com cinco titulares, Garrincha, Nilton Santos, Didi, Zagallo e Amarildo.
Em 1963, decidiu com o Santos, maior rival a nível nacional da época, a Taça Brasil do ano anterior que se prolongou até aquele ano. Derrotado no primeiro jogo no Pacaembu por 4 a 3, venceu o segundo no Maracanã por 3 a 1. Um terceiro jogo teve de ser realizado para decidir o campeão. E, numa noite inspirada de Pelé, o time paulista aplicou 5 a 0, em pleno Maracanã, no Botafogo. As duas equipes ainda disputaram a Taça Libertadores da América de 1963, o Santos por ter sido o campeão da edição anterior entraria apenas na semifinal. Justamente nessa fase, ocorreu o encontro com o Botafogo, que até então mantinha-se invicto (primeira vez em que uma equipe chegava a esta etapa do torneio sem derrotas). Entretanto, o alvinegro carioca acabou sendo eliminado. Porém, a oportunidade da revanche viria no Torneio Rio-São Paulo de 1964. Os dois times chegaram à decisão, e, no primeiro jogo, o Botafogo derrotou o rival por 3 a 2 no Maracanã. Todavia, não foi realizado o segundo jogo da final por falta de datas, uma vez que ambas as equipes foram excursionar. Como resultado, houve a divisão do título entre as equipes.
O Botafogo venceu, pela terceira vez, o Rio-São Paulo em 1966,[2] porém outra vez com divisão de título. Devido aos treinamentos para a Copa do Mundo daquele ano que envolveram mais de quarenta atletas, o clubes que deveriam disputar o quadrangular final, Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians, foram declarados campeões, mesmo desejando utilizar alguns jogadores reservas.
Em 1967 e 1968, o alvinegro triunfou duplamente na Taça Guanabara, que era um torneio independente até então, e no Campeonato Carioca, além ter sido o primeiro clube carioca campeão nacional, com a conquista da Taça Brasil de 1968. Em seu plantel, atuavam craques como Jairzinho, Gérson, Paulo César Caju, Rogério, Roberto Miranda, o zagueiro Leônidas e Carlos Roberto. No ano seguinte, o clube abdicou de disputar a Libertadores sob o pretexto de ser contra a violência aplicada pelos outros times. Não só o Botafogo, mas outras equipes brasileiras foram solidárias e não disputaram o torneio daquele ano.
[editar]21 anos de drama
Entre 1969 e 1989, o Botafogo não conquistou nenhum título oficial. Desde a Taça Brasil de 1968 (cuja final realizou-se em 1969) o clube não soube aproveitar as oportunidades que teve. Neste período de tempo o clube da Estrela Solitária pôde colecionar diversas quartas colocações no torneio estadual.
Na final do Campeonato Carioca de 1971, em que a equipe perdeu de 1 a 0 para o Fluminense, com um gol sofrido aos 42 minutos do segundo (o time jogava pelo empate). O lance do gol foi um tanto quanto confuso: o árbitro da partida José Marçal Filho apontou falta do jogador adversário Flávio sobre o zagueiro alvinegro Brito, que foi jogado para dentro da meta botafoguense, e, quando viu ao decorrer da jogada que o atacante Lula fez o gol, girou o corpo para o centro do campo validando o lance a favor do tricolor.
No mesmo ano o Botafogo se classificou para o triangular final do primeiro Campeonato Brasileiro de futebol organizado pela CBF, ficando em 3° lugar. Naquela ocasião o time perdeu para o São Paulo por 4 a 1, no Morumbi, e, no último jogo, para o campeão Atlético Mineiro, no Maracanã, por 1 a 0. No ano seguinte, mesmo fazendo mais pontos que o campeão, foi vice do Brasileiro perdendo a final para o Palmeiras com um empate de 0 a 0. Fica registrado neste Campeonato Brasileiro os 6x0 aplicados no Flamengo no dia do aniversário dele em 15 de Novembro de 1972.
Em 1973, na Copa Libertadores, fez uma primeira fase brilhante. Liderou seu grupo, de uruguaios e brasileiros, empatando no final com o Palmeiras. Venceu o jogo-extra no Maracanã por 2 a 1 contra a equipe paulista e, assim, classificou-se para um dos grupos da semifinal. Porém, não voltou a ter a mesma sorte, sendo desclassificado neste triangular pelo paraguaio Cerro Porteño e pelo chileno Colo Colo (vice-campeão).
Anos mais tarde, foi vendo a qualidade de seu plantel ir se deteriorando ano a ano. O Botafogo não era mais o celeiro de tantos craques como antes, o número de talentos criados pelo clube também foi diminuindo com o tempo. Entretanto, alguns jogadores ainda conseguiram se destacar pelo time nesse período, como Marinho Chagas, Wendell, Dirceu, Mendonça, Nílson Dias, Fischer, Gil, Rodrigues Neto, Paulo Sérgio, Dé, Alemão, Josimar, entre outros. Parte desses jogadores não atuaram juntos, mas foram alguns dos ídolos do Botafogo em uma de suas épocas mais amargas onde as maiores conquistas foram o segundo turno do Estadual, a Taça Augusto Pereira da Mota, em 1975, e a Taça José Vander Rodrigues Mendes, em 1976.
Logo, o Botafogo viu-se envolvido numa grave crise financeira e, em 1977, teve de vender a sede de General Severiano para pagar dívidas. O clube ficou sem campo até para treinar. Só no dia 12 de agosto de 1977, quando completou 73 anos de idade, conseguiu transferir seu futebol para o subúrbio de Marechal Hermes, onde construiu um outro estádio. O campo foi inaugurado em 22 de outubro de 1978, com vitória de 2 a 1 sobre a Portuguesa da Ilha pelo Campeonato Estadual. Porém, nesta fase o Botafogo, que chegou a receber o apelido de o Time de Camburão, conseguiu estabelecer dois recordes dentro do futebol nacional. O clube é o detentor da maior sequência de invencibilidade da história do futebol brasileiro, 52 partidas, num período de 10 meses. Com esta sequência, o clube também conseguiu a maior série invicta do Campeonato Brasileiro: 42 jogos. A respeito dessa marca há uma curiosidade. A seqüência invicta foi perdida numa derrota frente ao Grêmio, com um gol marcado pelo atacante Renato Sá. Anos depois, o Flamengo se igualaria ao alvinegro ficando 52 jogos sem perder. Até que o mesmo Renato Sá, dessa vez jogando pelo Botafogo, fez o gol da vitória do Glorioso sobre o rubro-negro. Os dois times, Botafogo e Flamengo, compartilham esse recorde de 52 partidas sem derrotas.
Nos anos de 1977 e 1978, o alvinegro ficou, respectivamente, em 5° e 8° lugar no torneio nacional. No ano seguinte, no entanto, o Botafogo conseguiu sua pior colocação na história do Brasileirão: 53°. Isto se deve ao fato do campeonato ter sido disputado por 94 clubes e sua fórmula previa a eliminação precoce de alguns, foram apenas 7 jogos disputados pela equipe botafoguense.
Já em 1981, o clube voltou a fazer campanha que merecesse certo destaque. Ficou na 4ª colocação do Brasileiro, sendo eliminado numa semifinal emocionante com o São Paulo. No primeiro jogo, no Maracanã, o time carioca venceu por 1 a 0. No segundo duelo, no Morumbi, o Botafogo chegou a abrir 2 a 0 frente ao tricolor paulista. Mas, no segundo tempo, o São Paulo virou para 3 a 2, conquistando a vaga para a final. Essa semifinal foi marcada por algumas confusões, como a volta dos times ao campo atrasada após o intervalo, expulsão e infrações mal interpretadas pelo árbitro Bráulio Zannoto.
Até 1989, os melhores resultados obtidos pelo Botafogo foram quatro torneios de verão conquistados no exterior, como o de Palma de Mallorca, na Espanha em 1988. O Campeonato Carioca daquele ano foi determinante para a retomada de glórias do clube na década de 1990. Em 21 de Junho de 1989, o Botafogo conseguiu vencer o título estadual, de forma invicta, sobre o Flamengo, que tinha Zico, Bebeto e Leonardo. O primeiro jogo da final encerrou-se empatado em 0 a 0. Já o segundo, e último, teve o placar final de 1 a 0 para o Botafogo.
Este jogo foi marcado por diversas coincidências: o Botafogo não era campeão havia 21 anos. O jogo foi disputado no dia 21. O gol foi marcado aos 12 minutos do segundo tempo (21 ao contrário). O time também utilizou 12 jogadores na partida. A bola do gol foi cruzada por Mazolinha, no vigésimo primeiro cruzamento dado à área pelo time, e chutada por Maurício. Os números das camisas deles eram, respectivamente, 14 e 7, que somados dão 21. A temperatura no estádio do Maracanã marcava 21°C. Ou seja, tudo levava ao número 21, e para todos os botafoguenses, bastante supersticiosos, aquilo era um sinal de que aquele era o grande dia. O time, que começara desacreditado, era campeão carioca invicto.
No ano seguinte, 1990, repetiu o triunfo no torneio estadual. Desda vez, numa polêmica final contra o Vasco, sagrando-se bicampeão estadual pela terceira vez seguida.
[editar]Década de 1990 e a geração Túlio Maravilha
Com as vitórias estaduais em 1989 e 1990, o Botafogo começou retornar a seu posto de vencedor. Passados vinte anos, o clube voltou em 1992 a uma final de Campeonato Brasileiro. Disputou com o rival Flamengo o título nacional daquele ano em duas partidas no Estádio do Maracanã. O primeiro jogo foi marcado em suas vésperas por uma polêmica: o então craque o time Renato Gaúcho fez uma aposta com os jogadores do time adversário, se perdesse faria um churrasco com eles. O Botafogo perdeu o primeiro jogo por 3 a 0 e Renato cumpriu sua aposta. Este fato não foi bem visto pela diretoria alvinegra que afastou o jogador do elenco, logo Renato não pôde participar do segundo jogo da final. Nesta partida, o Botafogo saiu perdendo, mas bravamente conseguiu empatar em 2 a 2, placar final. O Botafogo sagrava-se vice-campeão e conseguia uma vaga na Copa Conmebol do ano seguinte. Porém, um fato triste marcaria definitivamente aquela partida. A arquibancada cedeu e dezenas de pessoas caíram sobre o antigo setor da geral do estádio, matando três torcedores do Flamengo. Nunca mais o Maracanã receberia um público tão grande quanto aquele de 122 mil pagantes.
Em 1993, mesmo com toda a fama e reconhecimento ao redor do mundo obtido ao longo de sua história, o clube finalmente conquistou seu primeiro título internacional oficial. Ganhou, apesar do time fraco tecnicamente, do uruguaio Peñarol a Copa Conmebol, uma das mais importantes competições do futebol sul-americano que atualmente é representada pela Copa Sul-Americana, nos pênaltis. No ano seguinte, habilitado para a disputa Recopa Sul-Americana contra o vencedor da Libertadores de 1993, o alvinegro perdeu para o São Paulo, o título numa partida no Japão com placar de 3 a 1. Este ano de 1994 ficou marcado ainda pelo regresso do Botafogo à sua sede histórica de General Severiano na administração do presidente Carlos Augusto Montenegro.
Em 1995, o Botafogo conquistou o seu único Campeonato Brasileiro desde que a competição passou a ser organizada pela CBF em 1971. Com uma equipe onde alinhavam o ídolo Túlio Maravilha, Gonçalves, Donizete, Sérgio Manoel, Wilson Gottardo, Wágner, entre outros, destaca-se também a atuação do técnico Paulo Autuori, que guiou o alvinegro na sua conquista contra o Santos em dois jogos finais bastante polêmicos. Neste ano, graças ao carisma de Túlio, que foi artilheiro dos campeonatos nacionais e estaduais de 1994 e 1995, houve um elevado crescimento de torcedores do clube que não se via há muito tempo.
No ano seguinte, o clube conquistou a Taça Cidade Maravilhosa, e numa excursão internacional brilhante, o Botafogo conquistou o Troféu Teresa Herrera, na Espanha, a Copa Nippon Ham, em Osaka no Japão, e o Torneio Pres. da Rússia, vencendo grandes clubes como Juventus, Deportivo La Coruña e Auxerre. Na Libertadores, foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Grêmio.
Em 1997, o Botafogo ganhou mais um campeonato estadual do Rio de Janeiro, novamente contra o Vasco, com um gol de Dimba na final vencida por 1 a 0. E no ano seguinte conquistou o Torneio Rio-São Paulo pela quarta vez, recorde entre os clubes cariocas.
O vice-campeonato da Copa do Brasil contra o Juventude em 1999 decepcionou os 101.581 pagantes presentes a final que foram contagiados pela excepcional campanha do time na competição. O segundo jogo da final foi última vez que um dos grandes clubes cariocas colocou, em jogo contra equipes de fora da cidade, mais de 100.000 torcedores no Estádio do Maracanã.
Na virada do século o clube foi incluído pela FIFA como um dos maiores clubes do século XX (o terceiro do Brasil), atrás apenas de clubes como o Real Madrid, Manchester United, Bayern Munique, Barcelona, Santos, Flamengo etc.
Entretanto, o Botafogo entrou novamente em crise desporto-administrativa, o que levou-o à queda à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, após ter ficado em último lugar no campeonato de 2002.
[editar]A crise e a Segunda Divisão
Desde o início dos anos 2000 o Botafogo flertou com o rebaixamento. Campanhas pífias foram realizadas em 1999 (onde o clube escapou graças a pontos conquistados no STJD devido ao "Caso Sandro Hiroshi"), 2000, 2001 e a culminação do rebaixamento em 2002. Elencos frágeis, sálarios atrasados, má gestão administrativa, baixa atendência aos estádios, início de movimentos de torcidas organizadas foram marcas desse período dramático da história do alvinegro, o pior de todos.
Niterói, 17 de Novembro de 2002. Hora: 18:20. Jogo: Botafogo 0 x 1 São Paulo. Local: Caio Martins. O Botafogo iniciava nesse momento a pior fase de sua gloriosa história. Nesse exato instante o clube da Estrela Solitária acabara de cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol. O time entrou em campo com 20 minutos de atraso, tentando levar alguma vantagem em relação aos outros 12 jogos da rodada. Porém sem resultado. Com um gol de Dill, a favor do São Paulo, e já não dependendo de sua próprias forças para continuar na Série A, já que o time precisava de uma combinação de resultados, o Botafogo terminou o campeonato daquele ano na última colocação. A revolta da torcida foi enorme, assim como dos jogadores mais identificados com o clube. O zagueiro Sandro chegou a quebrar a porta do vestiário, pois fora expulso durante a partida. Além do Botafogo, mais dois times considerados grandes foram rebaixados: o Palmeiras e a Portuguesa, ambos de São Paulo
A gestão do presidente Mauro Ney Palmeiro acabava no fim desse mesmo ano. No início de 2003 assumia o cargo Bebeto de Freitas, ex-atleta do clube e ex-técnico de vôlei campeão mundial pela Itália e medalha de prata pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Bebeto chegava ao cargo com a difícil missão de levar seu clube ao lugar de onde não deveria ter saído, a primeira divisão.
Com o clube afundado em dívidas, com jogadores de empresários nas divisões de base, sem um lugar para treinar, sem patrocínios, sem um estádio que suportasse toda a sua torcida e com jogadores pedindo para não atuar mais pelo clube devido aos salários atrasados, o Botafogo iniciava com o técnico Levir Culpi a sua missão. O Campeonato Carioca foi usado como "laboratório", mas sem sucesso. O time não se classificou para as semifinais, nem da Taça Guanabara, nem da Taça Rio.
A estreia do Brasileiro aconteceu no dia 26 de Abril. Jogando contra o Vila Nova, em Goiás, a equipe perdeu por 2 a 1. A torcida temia que acontecesse com o clube o mesmo que já acontecera com o rival Fluminense, cair para a terceira divisão. No segundo jogo, em casa, o Botafogo empatou por 1 a 1 com o Avaí. A primeira vitória só viria na terceira rodada, fora de casa, contra o CRB, 3 a 0. Com o decorrer da competição o clube chegou a liderar o campeonato por várias rodadas, o que gerou por parte de torcedores rivais a alcunha de 25° colocado, já que na Série A 24 clubes disputavam a competição.
Ao final da primeira fase, o time se classificou em segundo lugar para a disputa da segunda fase. Eram dois grupos de quatro clubes cada, com jogos de ida e volta. No Grupo A ficaram: Palmeiras, Sport, Brasiliense e Santa Cruz. No B: Botafogo, Remo, Marília e Náutico. Em seu grupo o Botafogo se classificou em 2° lugar com 10 pontos. O quadrangular final estava formado com Palmeiras, Marília, Sport e Botafogo.
Nos dois primeiros jogos empates: 1 a 1 contra o Palmeiras, em casa, e 0 a 0 contra o Marília, fora. A primeira vitória só veio contra o Sport, na terceira rodada, 3 a 1 no Caio Martins. Placar este que foi dado de volta pelo Leão, na Ilha do Retiro, 3 a 1 para o Sport. A situação estava preocupante. Com 5 pontos o Botafogo precisava vencer o Marília, em casa, e torcer para o Palmeiras derrotar o Sport, fora, num estádio modesto na cidade de Garanhuns. A combinação veio. Em 22 de Novembro de 2003, um ano e cinco dias após cair para a Segundona, o clube vence o Marília, em Caio Martins, por 3 a 1, com um gol de Sandro e dois de Camacho (ambos de pênalti), Camanducaia descontou para a equipe paulista. No mesmo dia o Palmeiras conquistou o campeonato vencendo o Sport por 2 a 1. Na última rodada o time vice-campeão foi até São Paulo enfrentar o campeão. O Botafogo perdeu por 4 a 1, mas todos já estavam satisfeitos por reconquistarem sua posição na elite do futebol brasileiro.
Mesmo com todas as adversidades o Botafogo voltou a Série A como vice-campeão. Para alguns torcedores o vice-campeonato foi considerado até bom, já que o clube conseguiu voltar para a Primeira Divisão e não teve "borrado" em sua história o título de Campeão da Segunda Divisão. O time base durante a competição era: Max, Jorginho Paulista (Rodrigo Fernandes), Sandro, Edgar e Daniel; Fernando, Túlio, Valdo e Camacho; Dill (Almir) e Leandrão. Os artilheiros da equipe foram Leandrão e Almir com 12 gols cada. Dill, o mesmo que levou o clube a Segunda Divisão fazendo o gol pelo São Paulo em 2002, fez 8 gols.
O presidente Bebeto de Freitas durante esse ano de 2003 reestruturou o clube, pagou parte das dívidas, manteve arduamente o salário em dia, assinou com dois patrocinadores: Finta, para confeccionar os uniformes, e a rede de lanchonetes Bob’s, para estampar suas marca nas mangas da camisa e ajudar a construir arquibancadas no estádio Caio Martins, e baniu os jogadores de empresários das divisões de base do clube. Também foi criado o Botafogo no Coração, projeto de "sócio-torcedor" para agariar mais fundos para o clube e identificar os torcedores e o Feijão no Fogão, uma festa de confretanização entre torcedores e jogadores.
Na sua volta à elite em 2004, o ano do centenário do futebol do clube, a equipe voltou a fazer uma má campanha no Campeonato Brasileiro e só escapou de um novo rebaixamento na última rodada, ao empatar em 1 a 1 com o Atlético-PR, em Curitiba e graças a uma combinação de resultados.
Para celebrar o centenário, foram realizados uma série de eventos comemorativos e também um jogo festivo contra o Grêmio. As duas equipes utilizaram uniformes comemorativos, embora atuassem com times reservas por estarem disputando o Brasileirão. O jogo terminou com vitória de 4 a 1 do Botafogo, no Estádio Caio Martins.
[editar]A nova realidade
[editar]2005
A partir de 2005, as coisas foram se estabilizando no Botafogo. Administrativamente, salários foram postos em dia, jogadores tiveram seus contratos estendidos para resguardar o clube e diversos patrocínios foram fechados. Gradualmente, o clube vai se adequando a uma nova realidade. O início dos anos 2000 foi uma época difícil para todos os clubes brasileiros. A saída de jogadores para o futebol exterior tornava o plantel das equipes bastante rotativo. Aliado a isso, grande parte dos clubes atravessavam complexos processos de saneamento de dívidas. Estes fatores faziam os clubes a montarem times de nível médio, para tentar voltar a serem as potência que foram no passado.
Para aquela temporada, algumas surpresas. A Kappa ajudou o clube a contratar dois reforços de peso. Os salários de Ramón e Guilherme foram pagos pela empresa de materiais esportivos. Além disso, time realizou a sua pré-temporada de 2005 no Chile.
No início daquele ano, a equipe conquistou o terceiro lugar no Estadual, sendo a segunda equipe que mais somou pontos nas fases de pontos corridos, atrás apenas do vice-campeão Volta Redonda. No primeiro turno do Carioca, a Taça Guanabara, o time foi o único dos quatro grandes da cidade a se classificar para as semifinais. Nesta fase, o Botafogo foi eliminado, num jogo com arbitragem bastante polêmica, pelo Americano de Campos em pleno Maracanã lotado por mais de 70 mil botafoguenses. Todavia, no segundo turno, o Botafogo foi o único grande a não se classificar para às semifinais.
No Campeonato Brasileiro, o time começou de forma fulminante. Liderou o torneio, fato que não ocorria desde o título de 1995, por sete rodadas. Porém, o então técnico Paulo César Gusmão se desentendeu com diretores do clube e pediu demissão. Logo, a equipe caiu de rendimento, perdeu a liderança e teve mais duas trocas de treinador ao longo do ano. O Botafogo teve que se contentar com a nona colocação e uma vaga na Copa Sul-Americana, sob o comando de Celso Roth.
Paralelamente ao final do Brasileirão, o Botafogo disputava a Copa Record com uma mescla de jogadores das categorias junior e juvenil e com os jogadores que não eram utilizados pelo time principal. A equipe, que foi dirigida por Paulo Verdan neste torneio, pouco conseguiu frente aos outros clubes, de menor expressão, do Rio.
[editar]2006
Em 2006, após a pré-temporada realizada na cidade de Itu, no interior de São Paulo, a equipe de futebol profissional finalmente conquistou seus primeiros títulos no Século XXI. Venceu a Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual do Rio, sobre o América por 3 a 1, numa partida em que os americanos ficaram demasiadamente descontentes porque venciam por 1 a 0, quanto o árbitro William de Souza Nery não marcou um possível pênalti do goleiro Max no atacante rubro Chris. Assegurando a vaga na final com a conquista, a equipe relaxou no segundo turno, ficando em último de seu grupo. Na final, conquistou o título do Campeonato Carioca ao bater o Madureira na final com duas vitórias: 2 a 0 e 3 a 1. Os destaques do time comandado pelo ex-jogador alvinegro Carlos Roberto foram Dodô, artilheiro da competição com 9 gols, Lúcio Flávio, Zé Roberto e o capitão Scheidt.
Pelo Campeonato Brasileiro, o time começou mal a campanha e o técnico Carlos Roberto foi substituído por Cuca. O novo técnico levou o clube que corria risco de rebaixamento a conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana de 2007. Assinala-se de positivo durante o campeonato o milésimo gol do clube pela competição, marcado pelo atacante Marcelinho, no dia 13 de Agosto, em partida disputada no Maracanã contra o Palmeiras válida pela 16ª rodada. O Botafogo terminou o campeonato em 12° lugar. Ainda nesta competição, Zé Roberto recebeu dois troféus: o Prêmio Craque do Campeonato Brasileiro, de melhor meia-direita, e a Bola de Prata da Revista Placar, por seu excelente papel representado na sua posição.
Na Copa Sul-Americana 2006, o time foi eliminado logo na primeira fase, após dois empates com o Fluminense por 1 a 1, nos pênaltis. O atacante William perdeu um pênalti de forma bisonha: cobrou fraca e erradamente, dando tempo para o goleiro Diego que havia pulado para um lado, retornar para o meio do gol para fazer a defesa. Caiu em desgraça com a torcida e só voltou a atuar em jogos fora do estado do Rio de Janeiro.
[editar]2007
Em 2007, o clube manteve boa parte da base da temporada anterior. Todas as contratações para o início do Estadual, com exceção de Flávio e Ricardinho anunciados na primeira quinzena de Janeiro, haviam sido concretizadas já em Dezembro de 2006. A diretoria do alvinegro repatriou o atacante Dodô, que havia deixado o clube no meio do Brasileirão de 2006 para atuar no Catar, e o volante Túlio, que estava no futebol japonês. Além desses, chegaram ao Rio de Janeiro Luís Mário e Iran, ambos da Ponte Preta, Igor, Leandro Guerreiro, André Lima e Jorge Henrique. Contudo, alguns jogadores que vinham se destacando deixaram o clube: os laterais Ruy e Júnior César, os ex-capitães Scheidt e Claiton e o atacante Reinaldo.
A primeira partida do ano foi realizada ao fim da pré-temporada no Espírito Santo. O alvinegro venceu a Desportiva Capixaba por 3 a 1 no dia 14 de Janeiro. A estreia no Carioca foi em 24 de Janeiro, numa reedição da final do ano anterior. O Botafogo acabou empatando com o Madureira por 2 a 2, após sair perdendo com dois belos gols de Valdir Papel. A equipe, que se mantinha invicta, perdeu na última rodada para o Boavista e foi eliminada da Taça Guanabara. Contudo, na Taça Rio, a equipe começou de forma fulminante. Com a contratação do lateral-esquerdo Luciano Almeida e do zagueiro Alex e a efetivação de Júlio César no gol, a equipe estabilizou-se defensivamente e aplicou 7 a 0 na estreia contra o Friburguense. Venceu ainda o Fluminense por 1 a 0 e depois o Vasco por 2 a 0, num jogo marcado pela expectativa, sem sucesso, de Romário fazer seu milésimo gol. Classificado em primeiro lugar do grupo tendo vencido todos os jogos com exceção do duelo contra o América, nas semifinais o alvinegro encontraria novamente o Vasco e Romário buscando seu milésimo gol. Novamente sem a concretização do objetivo do atacante, após um empate em 4 a 4 no tempo normal, o Botafogo eliminou o rival por 4 a 1 nos pênaltis. Na final, bateu a Cabofriense após um empate em 2 a 2 e um vitória por 3 a 1 no último jogo. Sagrado campeão da Taça Rio, a equipe, apelidada de Carrossel Alvinegro pelo futebol bonito, moderno e rotativo guiado pelo artilheiro do campeonato Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio, Jorge Henrique, Túlio, Joílson, entre outros, enfrentou o Flamengo na final do campeonato. O primeiro jogo terminou em 2 a 2, após a reação rubro-negra com a expulsão do goleiro Júlio César ao fazer um pênalti enquanto o Botafogo vencia por 2 a 0 e uma falha de seu substituto Max no segundo gol. No segundo jogo, após um empate em 2 a 2 novamente, o alvinegro teve Dodô expulso no último minuto por ter chutado uma bola para as redes após o árbitro da partida, Djalma Beltrami, ter apitado impedido equivocado do atacante no lance. A decisão foi para os pênaltis, na primeira vez em que a disputa do campeonato foi decidida nesta forma, e a equipe foi derrotada por 4 a 2, tendo Lúcio Flávio e Juninho suas cobranças defendidas pelo goleiro Bruno, do Flamengo.
Escalação básica do Botafogo em 2007.
O clube ainda neste ano inovou. Lançou um projeto para revelar novos jogadores pela internet chamado Craques do Botafogo.[3] Pela Copa do Brasil de 2007, a equipe passou por CSA, Ceará, Coritiba e Atlético Mineiro, até encontrar o Figueirense nas semifinais. Tido como favorito no duelo, o time da Estrela Solitária perdeu em Florianópolis, por 2 a 0, mas conseguiu sair vencendo o jogo da volta no Maracanã. Naquela partida, teve dois gols mal anulados pela auxilar Ana Paula Oliveira, que seria afastada do futebol posteriormente àquela partida, e seu goleiro, Júlio César, sofreu um frango nos últimos minutos do jogo. Ao final, foi desclassificado, mesmo vencendo por 3 a 1 no Maracanã, pelo critério do gol qualificado.
No Campeonato Brasileiro, o Botafogo destacou-se em seu início. Apresentando o futebol mais vistoso da competição segundo a mídia especializada, o time liderou o torneio por 12 rodadas. Neste torneio, o Botafogo inaugurou o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, com uma vitória sobre o Fluminense por 2 a 1, válida pelo Brasileirão, no dia 30 de junho, levando para sua galeria de troféus o Troféu João Havelange. Posteriormente, o clube viria a vencer a licitação para administrar o estádio em 3 de agosto. Devido aos Jogos Pan-americanos de 2007, o clube teve que realizar partidas fora do Rio de Janeiro, para tanto, confrotou contra Alético Paranaense e América de Natal em Brasília, vencendo por 2 a 0, e Espírito Santo, vitória de 4 a 2, respectivamente, tendo os levado grandes multidões para assistir aos treinos e aos jogos.
Até que pequenas crises abalaram o grupo. O atacante Dodô foi pego no exame anti-doping por apresentar em sua urina a substância femproporex, que estava, equivocadamente, em uma cápsula de cafeína ingerida por ele antes da vitória do clube por 4 a 0 sobre o Vasco. Dodô foi absolvido no julgamento de seu recurso, ficando no total um mês fora do time. O time também sofria com deficiência no gol. O preparador de goleiros Acácio foi demitido após sucessivas falhas dos titulares, no caso culminante de Júlio César, após uma derrota por 3 a 2 para o Cruzeiro, que perdeu a posição para Marcos Leandro, contrato ao Paraná Clube, que também pouco tempo ficou no time titular Viria a ser substituído por Max e, no fim do campeonato, Roger chegaria para assumir a vaga. Além disso, o meia Zé Roberto foi afastado do elenco após atos de indisciplina, após o flagra por um vídeo da internet em uma boate em Salvador, no mesmo dia em que o time empatava em 3 a 3 com o Sport, em Recife, a qual o jogador não havia sido relacionado devido a uma gripe, e o atrasado de uma hora ao treino na véspera do jogo contra o São Paulo, encarado como uma decisão pois envolvia, na época, primeiro e segundo colocados. O Botafogo perderia aquela partida por 2 a 0 em pleno Maracanã, e deixaria a ponta do campeonato. O time não mais teria a mesma regularidade de antes, empatando o jogo seguinte em 1 a 1 com o Figueirense, com um gol irregular do adversário. O Botafogo ainda viria a perder para o Corinthians, no Maracanã, por 3 a 2 e abandonar as possibilidades de vencer o campeonato.
Na Copa Sul-Americana de 2007, o Botafogo passou pela primeira vez da fase nacional ao derrotar duas vezes o Corinthians por 3 a 1 no Maracanã e por 2 a 1 no Pacaembu. Nas oitavas-de-final, enfrentou o River Plate e venceu o jogo de ida por 1 a 0 na reinauguração do Estádio Olímpico João Havelange sob sua administração alvinegra. Mas no Monumental de Nuñez, em um jogo dramático, em que esteve por duas vezes a frente no placar e teve em grande parte do segundo tempo um jogador a mais que o adversário, o Botafogo foi derrotado por 4 a 2 e acabou sendo eliminado da competição. Após o jogo, Cuca pediu demissão e foi substituído pelo treinador Mário Sérgio. Na volta para o Rio de Janeiro, os jogadores foram recepcionados no aeroporto[4] com protestos pelos torcedores e, no dia seguinte, novamente, no treino em General Severiano.[5] Mário Sérgio ficou apenas 3 partidas, sendo derrotado em todas. Surpreendentemente, Cuca retornou ao comando do time.
Cuca conseguiu recuperar o moral do clube, porém não conseguiu recolocar o time, que ficou seis partidas sem vencer, de volta na briga por uma vaga na Libertadores de 2008. Apesar de ter goleado o Cruzeiro por 4 a 1, o time perdeu pontos em empates, de 1 a 1, fora de casa contra os rebaixados Juventude e América de Natal. O time ainda ficou abalado por declarações polêmicas do vice-presidente de futebol Carlos Augusto Montenegro desde a eliminação na Copa Sul-Americana de 2007 e encerrou o nacional na 9ª colocação.
[editar]2008
Torcida do Botafogo compareceu em baixo número aos jogos no começo da temporada, só aumentado sua freqüência nas partidas decisivas.
O Botafogo iniciou o ano de 2008 remodelando seu elenco. Jogadores fundamentais do Carrossel Alvinegro do ano anterior deixaram o clube, Dodô, Zé Roberto, Joílson, Juninho, Alex, além dos criticados goleiros, Júlio César, Max e Roger. Em compesação, o clube manteve a base no meio-campo e contratou jogadores com boas referências, apesar de não serem considerados estrelas, André Luís, Édson, Eduardo e Triguinho para a defesa, Túlio Souza, Zé Carlos, Abedi, Wellington Paulista e Fábio para as funções mais ofensivas. Além destes, a diretoria alvinegra investiu em jogadores dos países vizinhos da América do Sul, trazendo, da Argentina, o zagueiro Alexis Ferrero e o atacante Luis Miguel Escalada (dispensado devido ao excesso de peso em três meses no clube) e, do Uruguai, o goleiro da Seleção de seu país Juan Castillo. A equipe, comandada mais um ano por Cuca, realizou a pré-temporada em Niterói, treinando no reformado Centro de Treinamentos de Caio Martins que foi inaugurado neste ano. Ajudando na preparação do Botafogo, o time disputou a Copa Peregrino, competição amistosa no Rio de Janeiro que envolvia clubes cariocas e da Noruega. Foi campeão vencendo as duas partidas que disputou, 2 a 0 no Stabæk e 4 a 0 no Viking, contudo, devido à estreia no Carioca, deixou de participar do terceiro jogo da competição (na véspera), sendo representado pelo Boavista que empatou por 2 a 2 contra o Start, dando o título para o alvinegro.
O Botafogo estreou no Estadual de 2008 contra o Resende, recém-promovido para a Primeira Divisão do torneio, em 19 de janeiro, vencedo o jogo por 2 a 0,[6] gols de Zé Carlos e Wellington Paulista. O clube manteve o ritmo de vitórias até a última rodada da Taça Guanabara, quando, com time misto, perdeu por 2 a 1 para o Madureira.[7] Na semifinal, derrotou o Fluminense por 2 a 0, com comemoração efusiva, embalada pela "Dança do Créu".[8] Porém, a final contra o Flamengo ficou marcada pela reclamação contra à arbitragem.[9] O jogo, vencido de virada pelo rubro-negro por 2 a 1,[10] teve duas expulsões de alvinegros, reclamações da não marcação de dois pênaltis para o Bota e do assinalado para o Flamengo, além de irregularidades nas marcações de faltas. A insatisfação foi tamanha que o presidente do clube, Bebeto de Freitas, chegou a pedir a renúncia do cargo[11] e os jogadores, unidos, choraram na coletiva de imprensa pós-jogo.
Todavia, a aparente renúncia transformou-se apenas em um período de licença do cargo. Mas dias depois, em jogo pela Libertadores do Flamengo, a torcida deste clube fez uma sátira do principal cântico da torcida botafoguense e, unida a uma comemoração provocativa do atacante Souza e ao fervor da imprensa, o clube passou a ser perseguido pela fama do "chororô". Logo, a conquista da Taça Rio tornou-se meta principal da equipe. Vencendo todas as partidas, com destaque a uma goleada de 7 a 0 sobre o Macaé, e clássicos, com exceção da partida da última rodada, com time misto, contra o Boavista Sport Club, o Botafogo chegou às semifinais em primeiro lugar para enfrentar, novamente, o Flamengo. Mostrando superioridade, o alvinegro goleou o rival por 3 a 0, indo para a final contra o Fluminense. Na decisão, o zagueiro Renato Silva, outrora perseguido pela torcida e pego no doping no ano anterior quando jogava pelo próprio Flu, fez o gol da vitória mínima do Botafogo aos 39 minutos do segundo. O 1 a 0 deu ao clube o bicampeonato da Taça Rio, chegando à sua quarta conquista deste turno.
Chegado a finalíssima do Campeonato pela terceira vez seguida, pelo segundo ano, o Botafogo tinha como adversário o Flamengo, clássico de maior rivalidade no Rio de Janeiro da época.[12] No primeiro jogo,[13] a torcida alvinegra compareceu em baixo número. Jogando com quatro desfalques (Castillo e Triguinho machudos; e Alessandro e Jorge Henrique suspensos), o Botafogo entrou em campo com a camisa branca, pois acreditava-se, que utilizando o uniforme reserva, a equipe tinha maior sorte nos clássicos na competição. Na segunda metade do primeiro tempo, enquanto a partida permanecia ao 0 a 0, o jovem zagueiro Eduardo, improvisado como lateral-esquerdo e meia durante a partida que entrara ainda no primeiro tempo, acabou sendo ponto decisivo. Aos 28 minutos, numa bela jogada driblando adversários, chutou uma bola na trave "cara-a-cara" com o goleiro. Momentos depois, enquanto puxava um contra-ataque, errou um drible na intermediária ofensiva, que gerou o ataque rubro-negro e gol de Obina, que deu a vitória ao Fla por 1 a 0. Na segunda partida da decisão,[14] com a volta dos atletas suspensos na partida anterior, o Botafogo saiu na frente a partir de um gol de falta de Lúcio Flávio, porém cedeu o empate e, após a expulsão de Renato Silva aos 30 da segunda etapa, o rival virou a partida e sagrou-se campeão, novamente, sobre o alvinegro.
Engenhão na partida contra a Lusa.
Na Copa do Brasil de 2008, após passar pelo Rio Branco, do Acre, o Botafogo viajou para a cidade de Bacabal, no Maranhão, e foi recepcionado com grande festa pela torcida nordestina,[15] para enfrentar o Ríver, do Piauí, que fora impedido de atuar em seu Estado pois nenhum estádio tinha condições de abrigar um jogo com segurança ao público. O time começou a encontrar clubes grandes a partir das oitavas-de-final, quando superou a Portuguesa, colocando 40 mil pessoas no Estádio Olímpico João Havelange, recorde de público na competição até então. Nessa competição, acabou mais uma vez sendo derrotado nas semifinais. Dessa vez, perdeu nos penaltis, para o Corinthians, no Estádio do Morumbi, por 5 a 4, após cada equipe ter vencido a partida em casa por 2 a 1.[16] Este jogo foi o último de Cuca como treinador do Botafogo. Após o seu pedido de demissão, foi contratado Geninho.[17]
No jogo seguinte à desclassificação da Copa do Brasil, já válida pelo Campeonato Brasileiro, um fato inusitado ocorreu com o clube, no jogo contra o Náutico, nos Aflitos. Após ser expulso, o alvinegro André Luiz fez gestos obscenos à torcida adversária e teria desacatado policias que vieram controlá-lo. O zagueiro foi levado preso, passando pelo meio da torcida do time da casa. Na tentativa de intervir no que acontecia, o presidente, Bebeto de Freitas, também foi levado. Além disso, alguns jogadores do Botafogo foram agredidos por PMs. Desequilibrada, a equipe acabou goleada por 3 a 0.[18] Nas mãos de Geninho, o time não conseguiu bons resultados e após pouco mais de um mês, Ney Franco assumiu o posto de novo treinador.[19]
Neste meio tempo, na primeira metade de julho, um grupo de jogadores do clube, formado por reservas não utilizados e juniores, viajou à Europa para disputar a OBI Cup. Acabou em terceiro lugar, após sofrer uma goleada do Young Boys, da Suíça, e vencer o Vitória de Guimarães, de Portugal.[20] Além disso, foi disputado um amistoso, contra o time sérvio do Partizan, também vencido pelo Botafogo.[21]
Com a chegada de Ney Franco, o time alvinegro, que estava em 15º lugar, cresceu de rendimento. Sua estreia deu-se com um empate com o Santos, na Vila Belmiro. Depois, a equipe chegou a marca de 6 vitórias seguidas[22] (7, se contada a estreia na Copa Sul-americana 2008 - 3 a 1 frente ao Atlético Mineiro), indo até a 3ª colocação na segunda rodada do returno. No total, o Botafogo ficou 13 partidas invicto.[23] Porém, subtimente, a equipe teve um drástica queda de rendimento no final da temporada. Foi eliminado nas quartas-de-final da Copa Sul-americana pelo Estudiantes de La Plata. Ao final da temporada, o clube sofreu com o atrasos de pagamentos de salários em até dois meses no término da gestão de Bebeto de Freitas, o que gerou, inclusive, a saída de Carlos Alberto (que fora contrado no meio do ano por empréstimo junto ao Werder Bremen), Ferrero e, até, Túlio, ídolo da torcida, este alegando desgaste psicológico nos últimos dois anos. O Botafogo terminou o campeonato nacional na 7ª posição e com a perspectiva de uma grande reformulação no elenco.
[editar]2009
Maurício Assumpção foi eleito para o cargo de presidente do clube, encontrando um ambiente que necessitava de mudanças, pautando-se na reestruturação das divisões de base do clube, localizadas em Marechal Hermes. Designou André Silva para o posto de vice-presidente de futebol e trouxe Anderson Barros para a gerência do mesmo departamento. Os dois comandaram uma grande reformulação no elenco, que sofrera com os acordos da diretoria anterior que liberou muitos atletas gratuitamente pelo perdão das dívidas. Mais de vinte futebolistas deixaram o alvinegro e apenas nove jogadores de linhas, além de todos os goleiros, continuaram na equipe. Foram trazidos, como destaques do time, o atacante Reinaldo, o meia Maicosuel, os zagueiros Teco (que foi atrapalhado por uma lesão durante toda a temporada) e Juninho (capitão que voltava ao Fogão após saída no ano anterior) e mais sete jogadores - grande parte indicada pelo treinador Ney Franco -, entre outros das divisões de base que receberam promoção. A equipe fez sua pré-temporada em Niterói, nas dependências do Caio Martins.
Por conta da grande reformulação no elenco, o time entrou no Carioca desacretitado pelos comentaristas e repórteres esportivos, que davam favoritismo para Flamengo, que havia mantido praticamente todo seu bom elenco, e Fluminense, pela manutenção de boa parte do elenco e pelas contratações milionárias, proporcionadas pelo seu patrocinador, a Unimed. Contudo, o time surpreendeu, fazendo uma bela campanhana na Taça Guanabara, chegando à semifinal com méritos, na qual derrotou o Fluminense por 1-0. Na final, o Botafogo bateu o Resende, que vencera o Flamengo, por 3-0, com mais de 75 mil alvinegros no Maracanã. Na Taça Rio, o Botafogo novamente classificou-se para as finais. Na semifinal, goleou o Vasco por 4-0. Em meio a isto, o time foi desclassificado da Copa do Brasil para o Americano, nos pênaltis, ainda na segunda fase. O alvinegro chegava à final da Taça Rio com a possibilidade de liquidar o Estadual se vencesse o Flamengo. No entanto, a equipe teve uma má atuação e acabou sendo derrotada por 1-0, com gol contra do zagueiro Émerson. Pelo terceiro ano seguido, Botafogo e Flamengo encontravam-se na final do Campeonato Carioca de Futebol (quarta decisão consecutiva do Fogão), repetindo o duelo de treinadores de 2007, porém, em lados opostos, já que Ney Franco comandava agora o alvinegro e Cuca, o rubro-negro. No primeiro duelo, após sair perdendo, o Botafogo virou a partida, mas os dois principais jogadores do time, Reinaldo e Maicosuel (artilheiro do campeonato com 12 gols), machucaram-se no mesmo lance, sendo obrigados a serem substituídos. Nos últimos minutos do jogo, o Flamengo empatou num chute que desviou, novamente, em Émerson (2-2). Paro decisivo encontro, o Botafogo não contou com os atletas lesionados na partida anterior, sendo necessário entrar com muitas improvisações. No setor ofensivo, o único titular era o destaque Victor Simões (vice-artilheiro do torneio, 11 gols). Jogando mal, o alvinegro saiu perdendo por 2-0. No entanto, reagiu no segundo tempo - embora Simões tenha desperdiçado uma cobrança de pênalti -, empatando novamente por 2-2. Como em 2007, a decisão foi para os pênaltis. Juninho e Leandro Guerreiro perderam e o Botafogo teve que se contentar com o segundo lugar pelo terceiro ano seguido.
No Campeonato Brasileiro, o Botafogo teve um péssimo início de campanha, chegando a figurar entre os quadro últimos, inclusive. A falta de sequência de bons resultados culminados no fraco rendimento do time, mesmo após as entradas de Renato, Michael, Jônatas e André Lima, fizeram o treinador Ney Franco ser demitido com treze meses de clube. Estevam Soares assumiu o cargo de técnico e os resultados pouco mudaram. No entanto, as chegas de Jefferson, Jóbson e Diego ajudaram a melhorar a performance da equipe que, além de ter sido eliminada nas quartas-de-final da Copa Sul-americana 2009, apenas escapou do rebaixamento na última rodada, ao vencer o Palmeiras por 2-1, em casa.
[editar]2010
O ano de 2010 iniciou-se com uma profunda reformulação no elenco alvinegro. Quase vinte futebolistas deixaram o clube. Formavam a base do ano anterior o goleiro Jefferson, o lateral Alessandro, o volante Leandro Guerreiro, o meia Lúcio Flávio, além do jovem zagueiro Wellington. Os reforços foram capitaneados pelo uruguaio Sebastián el Loco Abreu, além do também atacante Herrera, do meia Renato Cajá, do zagueiro Antônio Carlos e do lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, dentre outros que se somaram também a vários jovens das divisões de base do clube. A pré-temporada foi dividida entre o CT de General Severiano, o CT da CBV, em Saquarema, e a Arena Guanabara, em Araruama.
[editar]Basquete
[editar]Botafogo Football Club
O Botafogo Football Club era um dos principais clubes do cenário carioca de basquete. A equipe cedia para a Seleção Brasileira de Basquete uma série de atletas. O Botafogo foi vencedor do Campeonato Carioca de Basquete em 1939, na vigésima edição do torneio, quando conquistou seu primeiro título estadual.
[editar]A fusão dos Botafogos
A união foi entre os dois Botafogos foi apressada por uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942 os dois clubes (que tinham obviamente outros esportes) disputavam uma partida de basquete pelo campeonato estadual, no Mourisco Mar, sede do Club de Regatas Botafogo. Nesse dia, o jogador Armando Albano do Botafogo F.C. chegou atrasado, o jogo já havia começado mas ele entrou com o jogo em andamento. Durante o intervalo Armando Albano abaixou-se para pegar uma bola e caiu desfalecido. Os médicos correram, fizeram todos os esforços possíveis, mas não adiantava mais, o jogador havia sido fulminado por um infarto.
Depois de confirmado o falecimento do jogador a partida foi interrompida a dez minutos do final, quando o placar marcava Clube de Regatas 21 a 23 Football Club. O corpo de Albano saiu da sede de General Severiano e, quando passava em frente ao Mourisco Mar, houve uma parada. O então presidente do Clube de Regatas Botafogo, Augusto Frederico Schimidt, pronunciou um elogio que terminou com essas palavras: "E comunico nesta hora a Albano que a sua última partida resultou numa nítida vitória. O tempo que resta do jogo interrompido, os nossos jogadores não disputarão mais. Todos nós queremos que o jovem lutador desaparecido parta para a grande noite como um vitorioso. E é assim que o saudamos."
O presidente do Botafogo Football Club, Eduardo Góis Trindade, respondeu: "Nas disputas entre os nossos clubes só pode haver um vencedor, o Botafogo!" Schimidt então selou a fusão: "O que mais é preciso para que os nossos dois clubes sejam um só?". A partir dessa data, começou o procedimento para a fusão dos clubes, nascendo então o Botafogo de Futebol e Regatas.
No ano da tragédia, o Botafogo Football Club ainda conseguiu vencer o estadual. Após a junção, o clube emplacou uma série de mais três títulos seguidos no Campeonato Carioca de Basquete nos anos de 1943, 1944 e 1945, sendo assim tetra-campeão. O Botafogo também foi campeão em 1947.
[editar]Anos 1960
No masculino, o Botafogo foi Campeão Brasileiro de basquete Masculino em 1967. O clube foi o primeiro carioca a vencer esta competição. A equipe do técnico Tude Sobrinho era formada por José Luiz Pereira, Raimundo Grossi, Cláudio Devoto, César Sebba, José Antônio Gonçalves, Aurélio Tomasini, Carlos Netto, Otto Ditrichi Júnior, Édson Ramos, José Carlos Ciavella e Ricardo Conde. Nesse mesmo período, o alvinegro venceu também os cariocas de 1966, 1967 e 1968.
No feminino, venceu os Cariocas de 1960, 1961, 1962 e 1963.
[editar]Anos 1990
A década de 1990 inicia-se com a vitória alvinegra no estadual masculino de 1991. Mas ainda tinha mais por vir.
O time de basquete do Botafogo era um dos mais fortes do país. Liderada por Marcelinho, Mãozão, Marcelão, Leo, Arnaldo, entre outros a equipe chegou a diversas finais numa época em que todos os 4 grandes clubes do Rio de Janeiro investiram pesado no esporte.
[editar]Anos 2000
O clube conquista um série de campeonatos nas categorias de base, tanto no masculino, quanto no feminino. Contudo, devido a grandes dívidas, foi obrigado a fechar o departamento profissional em 2002.
[editar]Natação
[editar]Época de ouro
Em 1967, o Botafogo era campeão pela primeira vez da Taça Brasil de Natação. Neste mesmo ano nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg, o nadador botafoguense José Sílvio Fiollo conquistou duas medalhas de ouro, nos 100 e 200 metros nado peito. No ano seguinte, Fiollo ainda bateria o recorde mundial dos 100 metros da categoria que fora vencedor no Pan. Este nadador também ajudou o Botafogo a conquistar Campeonato Estadual Absoluto de 1966 e 1967.
Na década de 1970, o Botafogo alternou com o rival Fluminense a força da natação do Rio de Janeiro. O clube da Estrela Solitária foi tetra-campeão da Taça Brasil de Natação entre 1971 e 1974. Foi tetra também do Troféu José Finkel (Campeonato Brasileiro Absoluto de Inverno) de 1972 a 1975.
[editar]Anos 2000
O Botafogo conquista uma série de torneios estaduais, como os bicampeonatos absolutos regular e de inverno do Rio de Janeiro em 2005 e 2006, entre outros outros títulos nas categorias de base.
[editar]Vôlei
Semifinal do Carioca feminino de vôlei de 2008.
No voleibol, o Botafogo é um dos principais clubes do Rio de Janeiro historicamente, mesmo tendo deixado de participar profissionalmente dos torneios nos primeiros anos do século XX.
[editar]Masculino
O clube tem no vôlei o seu esporte amador de maior sucesso, principalmente no masculino. Tendo uma grande equipe liderada pelo então jogador, Bebeto de Freitas, nas decádas de 60 e 70, o clube conquistou nesse período 14 títulos estaduais (11 consecutivos, de 1965 a 1975) e um Campeonato Brasileiro, no ano de 1976.
[editar]Feminino
Em 2008, numa parceria com o mineiro Mackenzie e a empresa Cia do Terno, o Botafogo voltou a disputar o campeonato carioca feminino. A equipe teve como empecilho a disputa com o Rexona/Ades, única equipe que venceu sets contra o Botafogo na competição. Ao final, o Botafogo sagrou-se vice-campeão, sendo derrotado em dois jogos para aquela equipe (3-0 e 3-1).[24]
[editar]Esportes Extra-oficiais
Apesar de não serem ligados diretamente, os atletas dos esporte citados possuem vínculo estreito com o clube.
[editar]Futebol Americano
O Botafogo Reptiles é um time de futebol americano que treina na praia do bairro de Botafogo. Em sete edições, o clube já foi tetra-campeão do Carioca Bowl em 2002, 2003, 2004 e 2005. O clube também foi vice-campeão as finais de 2001 e 2006, perdendo, respectivamente, para o Copacabana Eagles e o Titãs Copacabana.
[editar]Turfe
Apesar de não possuir tradição no esporte de cavalos, um fato surpreendeu os torcedores do clube em fevereiro de 2007. O jóquei J. Ricardo venceu uma corrida, em Palermo na Argentina, trajando uma roupa semelhante às vestimentas do Botafogo. Com camisa listrada alvinegra (embora horizontalmente) e chapéu branco com uma Estrela Solitária em preto, J. Ricardo venceu na sua 9.591ª corrida no turfe, igualando o recorde mundial do canadense Russell Baze. Devido às coincidências, J. Ricardo assumiu publicamente amor ao clube carioca e gracejou dizendo que a vitória só foi atingida devido ao uniforme.
[editar]Outras Glórias
O Botafogo FR deu ao Brasil 5 Misses Brasil: -Olga Bergamini em 1929, -Vânia Pinto em 1938, -Adalgisa Colombo em 1958, -Gina Macpherson em 1960, -Maria Andrade em 1965.
Referências
↑ Revista do jornal "Lance!" (Série Grandes Clubes); pp. 12-13 - Editora: Areté Editorial S/A - 2001
↑ RSSSF Brasil - Torneio Rio-São Paulo de 1966
↑ Jornal do Sports - Botafogo lança peneira pela internet
↑ GloboEsporte.com - Torcida joga calcinhas e pipocas no elenco
↑ GloboEsporte.com - Confusão na apresentação de Mário Sérgio
↑ Lancenet! (19/01/2008)
↑ Jornal dos Sports - Madureira tira a invencibilidade do Fogão - atualizado em 10/02/2008
↑ GloboEsporte.com - Após vitória, Bota dança o 'créu' (16/02/2008 )
↑ Lancenet! - Lucio Flavio e Túlio na bronca com o árbitro (24/2/2008)
↑ Lancenet! - Flamengo conquista a Taça Guanabara (24/2/2008)
↑ Lancenet! - Bebeto anuncia que deixará a presidência (24/2/2008)
↑ Globo Online - Flamengo x Botafogo, hoje o clássico de maior rivalidade no futebol carioca - publicada em 14 de março de 2008
↑ O Globo Online - Flamengo vence o Botafogo no primeiro jogo da final - publicado em 27 de abril de 2008
↑ Lancenet! De virada, Flamengo é bicampeão carioca - publicada em 4 de maio de 2008
↑ Globoesporte.com - Carreata recebe o Bota em Bacabal - atualizado em 01/04/2008
↑ Último Segundo - Nos pênaltis, Corinthians vence Botafogo e chega à decisão
↑ Globoesporte.com - Geninho assume o comando do Bota
↑ Globoesporte.com - Em jogo confuso, Náutico vence o Botafogo nos Aflitos
↑ Terra Esportes - Ney Franco assume comando do Botafogo
↑ Globoesporte.com - Alvinegro vence o Guimarães e fica em terceiro na Suíça
↑ UOL Esportes - Equipe reserva do Botafogo vence na Suíça
↑ GloboEsporte.com - Alvinegro chega a seqüência inédita no Campeonato Brasileiro - Atualizado em 21/08/08
↑ GloboEsporte.com - Alvinegro sofre derrota após 13 partidas - atualizado em 14 de setembro de 2009
↑ JB Online - Rexona-Ades conquista seu sexto título carioca de vôlei - atualizado em 25/10/08
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